Nosso café nas Olimpíadas
Conheça essa história inusitada que aconteceu nas Olimpíadas de Los Angeles em 1932 e saiba qual relação esse fato tem com o nosso café.
• Atualizado
Olá amigos leitores, que nossa semana seja fantástica. Nesses dias que antecedem os jogos das olimpíadas do Japão, venho aqui no portal na página do Chef Guto para contar um fato histórico brasileiro em 1932, nesse ano os jogos eram na cidade de Los Angeles.
Um ano extremamente conturbado para todos os países, pois neste ano houve uma grande crise na bolsa de valores americana, e atingiu o Brasil, onde houve uma grande recessão de exportação do nosso café. Nosso grão teve um dos piores valores no mercado, fazendo que o presidente na época, Getúlio Vargas, comprasse toneladas de café que era para exportação, mesmo para depois queimá-las, e isso foi a solução na época para não desvalorizar nosso café.
Olimpíadas de Los Angeles – 1932
Os atletas brasileiros na época, assim como o governo, não tinham condições financeiras de arcar com as despesas de viagem dos 82 atletas brasileiros, mas como o sonho era maior do que qualquer dificuldade, o governo fez uma proposta para esses atletas e dirigentes. Teria uma carga de café para os Estados Unidos de 55 mil sacas, e a única solução era atletas e dirigentes irem com esse navio, um mês antes do início das olimpíadas, já que a viagem duraria 30 dias pelo mar. Porém, pasmem, essas sacas deveriam ser vendidas durante a viagem para arcar com as despesas dos atletas.
Mas durante a viagem, devido a crise que se expandia mundialmente, os atletas, dirigentes e militares pouco venderam, foi um desânimo total, pois já na chegada no porto, cada atleta deveria pagar um dólar para entrar no pais, deste modo, somente os atletas com grande chance de medalhas desembarcaram, outros tiveram que seguir viagem com o navio para outros portos.
Não é só café
Dentre os atletas que ficaram dentro do navio, estava Adalberto Cardoso do atletismo, sua especialidade era os 10 mil metros. Não acreditando que iria ficar fora dos jogos, ele fugiu do navio que tinha ancorado em São Francisco e percorreu 600 km em 24 horas até Los Angeles, entre caronas, corridas e caminhadas, chegando no local da prova apenas 10 minutos antes de iniciar a prova. Adalberto sem tênis apropriado, rasgado devido sua jornada, apenas conseguiu colocar o uniforme e correu descalço, cansado, caiu algumas vezes durante a prova, mas completou a mesma em último lugar, sendo aplaudido de pé pelas pessoas que estavam assistindo, pois nesse momento já sabiam da jornada do brasileiro. Amigos de Adalberto contam que logo que o navio saiu de Los Angeles até São Francisco, Adalberto começou a tomar muito café, já pensando em sua ousadia de fugir e conseguir chegar em tempo até sua prova, pensou ele na energia que poderia ter bebendo nosso café.
De fato, é uma história marcante não somente do Adalberto, como de outros atletas brasileiros na época. Nosso café sempre presente em fatos históricos.
O Artigo de hoje nos mostra o quanto somos capazes de conseguir o que queremos. O que importa é a nossa jornada e o que levamos dela, e não nosso destino final.
Bons Pensamentos, Boas Palavras, Boas Ações e Bons Cafés.
Por Rodrigo Gomes Leite
>> Para receber as informações mais importantes do dia pelo WhatsApp, gratuitamente, basta clicar AQUI!
>> PARA MAIS NOTÍCIAS, SIGA O SCC10 NO TWITTER, INSTAGRAM E FACEBOOK.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO