‘Eu só quero justiça’, diz pai da criança de 4 anos morta no MultiHospital em Florianópolis
O caso está sob investigação das autoridades
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Florianópolis viveu nesta semana mais um capítulo de dor e comoção após a morte do pequeno Moisés Falk da Silva, de apenas quatro anos. O menino chegou sem vida MultiHospital com sinais de agressão. O caso está sob investigação das autoridades. Pai, familiares e amigos da criança pedem por justiça.
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O pai da criança, Jeferson da Silva, natural do Acre e atualmente motorista de aplicativo, prestou depoimento nesta quarta-feira (20) na 1ª Delegacia de Polícia de Florianópolis. Emocionado, o pai deixou a delegacia em lágrimas. Separado da esposa, ele contou que vinha dividindo os cuidados do menino com o apoio da família. Na semana passada, Moisés esteve em momentos de convivência com o pai e o tio, em clima de afeto.
Ao sair da delegacia, Jeferson não conteve a emoção. Com a voz embargada, Jeferson leu dois versículos da Bíblia e declarou: “Eu só quero justiça”. O pai disse que tem se apoiado na fé para enfrentar a dor da perda irreparável.
Segundo relatos da família, já havia preocupação com a saúde de Moisés. Pequenas escoriações causadas por objeto perfurante foram percebidas anteriormente, aumentando a apreensão sobre a integridade da criança. O caso agora passa a ser analisado pelas autoridades, que trabalham para esclarecer as circunstâncias da morte.
O clima é de revolta e tristeza. Amigos e parentes pedem respostas rápidas e punição dos responsáveis. “É uma dor que não desejo a ninguém. Só a fé em Deus para dar forças nesse momento”, disse Jeferson, que mantém firme a esperança de ver justiça sendo feita em memória do filho.
O que diz a prefeitura sobre o crime
O Multihospital é administrado pela Prefeitura Municipal de Florianópolis. Em nota, o poder público afirma que não foi notificado pelo Conselho Tutelar Sul sobre o caso. Leia a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Assistência Social, esclarece que, no caso da criança de quatro anos, ocorrido na região Sul da Ilha, nenhum serviço municipal foi acionado pelo Conselho Tutelar Sul, órgão competente para atuar nessas situações e que não é gerido pela Prefeitura.
Na segunda-feira, a Prefeitura solicitou ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão responsável por fiscalizar a atuação dos Conselhos Tutelares, que cobre providências do Conselho Tutelar Sul da Ilha, que foi quem realizou os atendimentos”, finaliza.
Relembre o caso
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu investigação sobre a morte de um menino de 4 anos em Florianópolis, com suspeita de agressão. O caso é acompanhado pela 9ª Promotoria de Justiça da Capital, que apura se houve falhas na rede de proteção à criança. No âmbito criminal, o padrasto foi preso preventivamente e a mãe, grávida de seis meses, responde em liberdade, cumprindo medidas cautelares.
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