Entenda por que algumas pessoas não pegam covid mesmo tendo contato com doente

As pesquisas mais recentes enfatizam que estas pessoas podem ter alguma defesa imunológica contra o vírus. Foi publicado na revista Nature um estudo realizado na Alemanha com 68 amostras de adultos saudáveis que não haviam sido expostos ao vírus coronavírus, que 35% deles possuíam células T na corrente sanguínea e estas eram reativas ao vírus.

O Imperial College London também realizou um estudo recente sobre a diversidade de cenários de contaminação e, segundo os estudos da instituição, coordenados pela especialista em infecções respiratórias Rhia Kundu, pessoas com níveis mais altos de células estimuladas pelo coronavírus do resfriado comum eram menos propensas a serem infectadas com SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19. Esta entrevista foi concedida para CNBC.

Os pesquisadores também mencionam no estudo que o impacto possível das células na progressão da piora do paciente por Covid-19 ainda é desconhecido. De acordo com entrevista publicada na CNN, o médico Amesh Adalja docente no Centro de Segurança na Saúde da Universidade Johns Hopkins, que não está envolvido no novo estudo.

“Nós sabemos, por exemplo, que crianças e jovens adultos estão relativamente mais protegidos de consequências mais severas da doença, e eu acho que uma hipótese relevante é de que as células T pré-existentes podem ser muito mais numerosas ou mais ativas em pessoas jovens”, diz Adalja.

O professor comenta sobre as versões mais severas e os mais leves da doença “pessoas que desenvolveram a forma mais grave do coronavírus são menos prováveis de possuir linfócitos T reativos versus pessoas que desenvolvem versões mais leves talvez tenham mais’’? eu acredito que essa é uma hipótese biologicamente plausível”. “É claro também que a presença dessas células não previne pessoas de serem infectadas, mas elas podem modular a severidade da infecção? Esse parece ser o caso’’, diz o professor Adalja.

Um estudo preliminar sobre imunogenética, que faz a relação entre genética e sistema imunológico, do Imperial College, descobriu que as alterações entre os sistemas imunológicos das pessoas, fazem a diferença, pelo menos no que diz respeito a ter a doença sintomática ou não.

O foco da pesquisa é em diferentes genes do Sistema de Antígeno Leucocitário humano (HLA, sigla em inglês), e está analisando e estudando como eles podem afetar a resposta ao coronavírus. Como por exemplo, a descoberta de que pessoas que possuem o gene ‘HLA-DRB1 * 1302’ são significativamente mais propensas a ter infecção sintomática do que os que não possuem.

O que são células T?

As células T, também conhecidas como linfócitos T, estão presentes no sistema imunológico que ajuda o organismo a combater infecções. A reatividade das células sugere que o sistema provavelmente teve uma experiência recente que combateu algum processo infeccioso similar e pode usar a memória para reagir a um novo episódio.

Fica a dica!

Não se esqueça, mantenha os cuidados gerais e continue promovendo a prevenção contra a Covid-19.

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