Fernando Machado

Jornalista desde 2008, é apresentador do SBT Meio-dia, repórter de rádio e produtor de conteúdo para site e mídia sociais.


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Fernando Machado

Empresas falam em mais ônibus para atender decreto, mas o menos favorecido “paga o pato”

Para conter a pandemia, atacaram diretamente a rotina dos mais pobres, enquanto “filhos de papai” continuam se amontoando em balada aos olhos da fiscalização

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Foto: Cristiano Andujar/PMF
Foto: Cristiano Andujar/PMF

Quero começar dizendo que estudos no mundo inteiro mostram que sim, o transporte coletivo é um dos principais canais de transmissão do vírus por motivos óbvios: aglomeração interna e objetos que são tocados por quem está no ônibus.

Mas eu também quero começar dizendo que no Brasil a situação é diferente porque faltam opções aos menos favorecidos. Nem mesmo ciclofaixas de qualidade existem por aqui, os modais são restritos e, na maioria das vezes, é só para ônibus mesmo, que é o nossos caso aqui em SC.

O povo não usa o ônibus por escolha, por prazer, é pode necessidade. Ninguém quer aglomerar dentro de um “busão”, fazem isso porque não têm escolha para chegar no trabalho, na escola e por aí vai.

Foto: SCC Meio-Dia / Reprodução.

Há dias estamos flagrando no SCC Meio-Dia ônibus lotados em Florianópolis. O que motivou inclusive cobrança do PROCON que chegou a conseguir o aumento das linhas na Capital, mas e agora?

Estou falando das novas restrições que devem ser publicadas, reduzindo a capacidade dos ônibus de 70% para 50%.
Agora é importante que o número de linhas e ônibus rodando aumentem. Não fecha a conta manter a mesma quantidade de usuários com menos oferta de lugares. Como a fiscalização tem falhado como denunciou o SCC Meio-Dia, vai ser superlotação novamente.

Segundo as empresas do transporte coletivo de Florianópolis, vai ter sim reforço na frota.

As linhas precisam atender a demanda, o cidadão não pode ser impedido de entrar no ônibus por que já está com lotação em 50% e ter que esperar no ponto o próximo uma hora depois, como acontece em alguns casos.

Para conter a pandemia, atacaram diretamente a rotina dos mais pobres. Enquanto “filhos de papai” continuam se amontoando em balada debaixo dos olhos da fiscalização.

Neste fim de semana a fiscalização chegou a passar na frente de uma festa camuflada de restaurante e nada fez. EU estava no lado de fora e vi. Mas pera aí, como assim?

Agora chegam com a promessa de aumentar a fiscalização. Então há necessidade de mudar o posicionamento?

Queremos acreditar que vai funcionar, mas já vimos que não deu certo reduzir os ônibus.

Escola vai parar? Comércio? Indústria? Escritórios? Não! Então os ônibus precisam atender a demanda. Se o PROCON passou semanas cobrando por isso, é que não estava dando certo, vai dar agora?

Para não ficarmos só na crítica, uma boa opção seria repetir as mudanças hóstias de comércio, aulas e escritórios para dissolver o público nos horários de pico.


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