Embrapa Trigo e Embrapa Suínos e Aves unem forças para desenvolver tecnologia para produção de ração
A ideia é avançar no projeto de ampliação da produção de culturas de inverno, principalmente em relação a sementes de trigo e de triticale.
• Atualizado
A Embrapa Trigo de Passo Fundo e a Embrapa Suínos e Aves de Concórdia uniram forças para avançar no projeto de ampliação da produção de culturas de inverno, principalmente em relação a sementes de trigo e de triticale. As novidades foram apresentadas aos líderes do agronegócio, num evento virtual, o que animou a cadeia de proteína animal.
Segundo o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Trigo, pesquisador Jorge Lemainski, as análises de equivalência nutricional dos cereais, com base nas pesquisas, foram animadoras e isso acende um sinal de esperança, já que a escassez de milho tem afetado toda a região sul. Aqui em Santa Catarina, a ideia principal, defendida no estado pelo secretário Altair Silva, é buscar sementes novas ou modificadas que ajudem nessa nutrição, usando as áreas descobertas em períodos de inverno.
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O teste principal com essas variedades foi feito pela Embrapa Suínos e Aves, num trabalho coordenado pela pesquisadora Terezinha Bertol e sua equipe. Eles descobriram, por exemplo, que o trigo pode substituir até 100% do milho na ração animal. Já em relação ao triticale, que algumas regiões do estado já plantam, os grãos tem o mesmo impacto na produção de ração pra suínos e de 85% na ração de aves.
Claro, esses números do balanço nutricional, podem sofrer ajustes nas indústrias, variando em função da fase de desenvolvimento dos animais, como também, da mesma forma, os resultados dos grãos podem variar a cada safra. Outro dado importante da pesquisa, é que o uso de cereais de inverno na pecuária, destacando a alimentação à base de forragens, como pasto de silagem, pode representar um custo quatro vezes menor do que o uso de rações e concentrados.
A Associação Brasileira de Proteína Animal, ABPA, que acompanha interessada, o desenvolvimento dessas variedades, se mostrou empolgada com os resultados obtidos até aqui. Sem contar que além do trigo e do triticale, a pesquisa avança também em relação à aveia e a cevada. A ABPA comemora o momento porque sabe que a pressão sobre o milho, principalmente em relação às vendas externas, vai continuar grande nos próximos anos.
Esse é o agro que se agiganta. Porque através da pesquisa, da inovação e do desenvolvimento tecnológico, os resultados práticos animal toda a cadeia.
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