Pesca da tainha gera revolta entre surfistas; entenda a polêmica
Durante a pesca, a maioria das praias de Garopaba ficam proibidas para a prática do esporte
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Garopaba é considerada a capital do surf catarinense, porém, esse título não pode ser utilizado durante o ano todo. Neste período, a maioria das praias da cidade ficam proibidas para a prática do esporte por três meses por conta da pesca da tainha.
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Nesta semana, uma polêmica vem ganhando as redes sociais por conta do Circuito Banco do Brasil, que é uma das cinto etapas do Qualifying Series (QS) do World Surf League (WSL), que acontece na Praia da Ferrugem, a única com liberação oficial para o surf. O debate questiona a falta de lugares para a realização do esporte durante o campeonato.
A discussão iniciou nesta semana após Carolina de Albuquerque, que é surfista e coordenadora da ONG Eco Garopaba, fazer um apelo para a prefeitura da cidade pedindo mais pontos de surf. Segundo ela, por conta da competição, não teriam outros lugares na cidade para a realização do esporte.
No vídeo que ela postou nas redes socais, Carolina questiona: “no momento está́ acontecendo o Campeonato Mundial de Surf na Praia da Ferrugem, os atletas não podem nem treinar, acham isso justo? Por que trazer um evento desse tamanho então?”
Se tivesse mais praias abertas com certeza teríamos ainda mais turismo e muito mais giro na economia local. Antigamente eram mais homens surfando, essa realidade mudou nos dias de hoje. Temos muitas crianças, muitas mulheres, professores, escolas de surf que não tem como continuar essa prática que não é apenas diversão, mas de saúde – saúde mental também -, esporte e para muitos sustentos. Por favor escutem nosso apelo, isso é importante demais também, assim como a Pesca da Tainha!”
Carolina de Albuquerque
Entramos em contado com a Prefeitura de Garopaba que declarou: “através de muito diálogo a gente vem trabalhando na construção de consenso entre surfistas, pescadores, comunidade e empresariado para buscar sempre o desenvolvimento sustentável da nossa cidade, preservando e incentivando as nossas raízes culturais da pesca e do surf que são o nosso carro chefe do turismo Garopabense”.
Assista ao vídeo:
Confira à nota na íntegra:
Garopaba, a Capital Catarinense do Surf, há quase 30 anos atrás, foi pioneira na implantação do sistema de bandeiras para a prática do esporte nas praias do Silveira e do Ouvidor durante a Safra da Tainha e também com os 250m liberados 100% na Praia da Ferrugem. Através de muito diálogo a gente vem trabalhando na construção de consenso entre surfistas, pescadores, comunidade e empresariado para buscar sempre o desenvolvimento sustentável da nossa cidade, preservando e incentivando as nossas raízes culturais da pesca e do surf que são o nosso carro chefe do turismo Garopabense. O Governo de Garopaba está em constante evolução e trabalhará incansavelmente para que a nossa gente tenha mais emprego e renda e muita qualidade de vida.
A solução para temporada da pesca da tainha foi consensual com Pescadores, surfistas e a Prefeitura de Garopaba e formalizada. O acordo, que já é realizado há mais de 30 anos, ocorreu em reunião, realizada na Câmara de Vereadores, no dia 12 de abril. Cerca de 29 pessoas estiveram presentes, entre representantes das canoas, colônia de pescadores, presidentes das associações de surf e servidores das secretarias de Agricultura e Pesca, de Turismo, Esportes e Desenvolvimento.
Delimitações das praias para surf em Garopaba:
PRAIA DA GAMBOA – PRAIA DO SIRIÚ – PRAIA DA VIGIA – PRAIA DO CENTRO – PRAIA DA BARRA DO CAPÃO: todas estarão fechadas para a prática do surf com orientação nas praias através de placas indicativas, ou seja, informando quais estarão abertas para a prática do surf.
PRAIA DO SILVEIRA – OUVIDOR: adotado o sistema de sinalização com bandeiras, sendo que quando houver bandeira vermelha hasteada significa que está proibida a prática de surf e quando não houver bandeira, está permitida.
PRAIA DA FERRUGEM: permitida a prática do surf no Canto Norte, com limite de Bandeira Vermelha situada a 250 (duzentos e cinqüenta metros) ao Sul, deste limite para o Sul não é permitida a prática do surf.
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