Dominique Cabral

Jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina e apresentadora do SCC Esporte do SCC SBT.


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World Surf League

Filipe Toledo é campeão do mundo

Em final 100% brasileira, Filipinho vence Ítalo por 2 x 0

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Este é o primeiro título mundial do brasileiro | Foto: Thiago Diz/World Surf League
Este é o primeiro título mundial do brasileiro | Foto: Thiago Diz/World Surf League

Filipe Toledo conquistou seu primeiro título mundial. Nas ondas de Lower Trestles nesta quinta-feira (8), Filipinho venceu Ítalo Ferreira por 2 a 0 na grande final e assim se consagrou o melhor do mundo. No feminino a vencedora foi a australiana Stephanie Gilmore, que venceu seu oitavo título mundial. A decisão foi com Carissa Moore.

“Quem está perseguindo seus sonhos, continue porque vale a pena”, disse Filipe Toledo sobre o título.

“Esse título é para o Brasil, para minha família e para todos vocês aqui. Eu mantive a calma com a ajuda do cara lá em cima. Ontem à noite, tivemos um momento com o Pastor John, Terry, minha esposa, toda a família e duas palavras que ele nos disse foram: paz e poder. Foi isso que eu tive o dia todo hoje e estou muito feliz por conseguir realizar meu sonho”.

Os top-5 e as top-5 nos rankings das dez etapas do World Surf League Championship Tour, competiram no sistema mata-mata do Rip Curl WSL Finals.

A competição começou com uma reedição da final olímpica entre Ítalo Ferreira e Kanoa Igarashi. O brasileiro venceu a bateria e passou para a próxima fase, onde encarou Ethan Ewing. Outra vez ítalo se deu melhor e conquistou a bateria por 13,10 a 11,83. Na sequência, Ferreira surfou com o australiano Jack Robinson. O brasileiro abusou dos aéreos e venceu por 16,10 a 13,30, o que garantiu a vaga para a grande final.

Nas baterias que decidiram o título mundial, Filipe Toledo usou todo o seu arsenal de manobras progressivas e inovadoras nas direitas de Lower Trestles. Ele mora em San Clemente e sempre surfa nessa praia, então conhece a onda melhor do que o potiguar. Ítalo até fez a maior nota da primeira bateria, com um aéreo incrível que ganhou nota 8,00. Só que Filipe já tinha somado 7,50 com 7,63 e venceu por 15,13 a 14,97 pontos.

Os atletas foram para a segunda bateria. Se Filipinho vencesse levava o título para casa e foi o que aconteceu. Foi uma disputa apertada, literalmente: na mesma onda, a dupla de brasileiros decidiu a bateria. Ítalo conseguiu 8,60 em uma esquerda, enquanto Filipe respondeu com 8,67 detonando uma direita.

Por 16,50 a 14,93 pontos, Felipe Toledo venceu a segunda bateria e se consagrou campeão mundial.

“Foi um dia incrível”, disse Ítalo Ferreira. “Estou muito agradecido pela oportunidade de disputar mais um título. Eu tenho ficado entre os top-5 nos últimos anos e só desejo continuar sendo abençoado, com saúde e seguir sempre evoluindo. Estou muito feliz pelo Filipe (Toledo). Ele merece totalmente este título e fico muito contente também por ter chegado às finais hoje”.

Brasil no topo do surf

O título de Filipe Toledo foi o quarto seguido do Brasil na World Surf League. A série começou em 2018, com Gabriel Medina ganhando o segundo troféu de campeão mundial. Em 2019, Ítalo Ferreira foi o melhor do mundo na final brasileira com Medina nos tubos de Pipeline. Em 2020, o WSL Championship Tour foi cancelado por causa da pandemia e em 2021 Gabriel Medina venceu seu terceiro título em outra decisão verde-amarela, na estreia do formato mata-mata do Rip Curl WSL Finals.

Foram seis títulos conquistados pelos brasileiros nos últimos 8 anos, com Medina ganhando o primeiro em 2014 e Adriano de Souza sendo o campeão em 2015. E para consolidar o domínio verde-amarelo, neste ano, pela primeira vez, cinco surfistas ficaram entre os top-10 do ranking, com Filipe Toledo em primeiro lugar, Ítalo Ferreira em segundo, Miguel Pupo em sexto, Caio Ibelli em oitavo e Samuel Pupo, o “Estreante do Ano”, em décimo lugar.

Título feminino

Na disputa do título feminino, quem fez história foi Stephanie Gilmore. A australiana de 34 anos de idade, mostrou muito preparo físico para vencer cinco baterias de 35 minutos em um só dia, vencendo inclusive a brasileira Tatiana Weston-Webb. A bateria final foi com Carissa Moore. Stephanie largou na frente por 15,00 a 10,90 pontos. Na segunda bateria, a vantagem foi estabelecida logo nas primeiras ondas surfadas por Stephanie.

Com isso Stephanie Gilmore festejou seu oitavo título mundial por 15,23 a 11,97 pontos.

“Realmente, não tenho palavras que possam descrever o que estou sentindo agora”, disse Stephanie Gilmore.

“Estou muito orgulhosa por ter conseguido passar pela Brisa (Hennessy), a Tatiana (Weston-Webb) e a Johanne (Defay), as surfistas mais incríveis do mundo, junto com a Carissa (Moore), que na minha opinião, é a campeã real deste ano. Eu queria ganhar mais um título e foi muito legal porque foi contra a Carissa, a melhor surfista de todos os tempos, na minha opinião”.

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