Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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SC amplia exportações de produtos de alta intensidade tecnológica

O preço médio por tonelada dos produtos mais intensos em tecnologia cresceu 30% em 2022 em relação a 2021

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Imagem ilustrativa | Foto: Divulgação
Imagem ilustrativa | Foto: Divulgação

As exportações catarinenses nos primeiros sete meses de 2022 alcançaram U$ 7 bilhões e foram 25% maiores do que no mesmo período de 2021. Parte desse aumento se explica pelo incremento de vendas de itens com mais intensidade tecnológica. O reconhecimento internacional da qualidade de produtos catarinenses de maior valor agregado permitiu a ampliação das vendas para países desenvolvidos, como os Estados Unidos e nações europeias. Outro fator positivo foi a abertura de mercados para a carne suína na Rússia, Japão, Filipinas e Tailândia, compensando a queda das exportações para a China, decorrente da normalização da produção interna daquele país. A análise é do Observatório FIESC, com base em dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, do Ministério da Economia.

“Produtos inovadores e intensivos em tecnologia geram mais riqueza e agregam valor, daí a importância dos investimentos industriais nessa área”, explica o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “O nosso propósito de elevar a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) passa exatamente por essa linha, que conduz a produtos com inteligência agregada”, acrescenta.

Conforme o estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), o preço médio por tonelada dos produtos mais intensos em tecnologia cresceu 30,3% em 2022 em relação a 2021, passando de 3,09 mil dólares para 4,02 mil dólares. Enquanto isso, os produtos catarinenses de média intensidade tecnológica tiveram elevação de preços na faixa de 8% e os de baixa sofisticação, aumentaram em média 5%.

Uma situação típica da venda de produtos industriais de maior valor agregado foi o aumento de vendas de, por exemplo, motores elétricos e partes de motores para os Estados Unidos, que são o principal destino das exportações catarinenses. O mesmo movimento é observado nas vendas para países da Europa, como a Alemanha, Itália, Bélgica e França.

Além disso, a expansão da produção catarinense de máquinas e aparelhos de uso agrícola também se traduziu no aumento das vendas internacionais para os Estados Unidos, como também para outros mercados, como a Bolívia, o Canadá e a Argentina.

Devido à normalização de sua produção, a China comprou menos carne suína catarinense. Contudo, essa queda vem sendo parcialmente compensada pelas vendas catarinenses a novos mercados, como por exemplo, a Rússia, bem como para outros países asiáticos como o Japão, Filipinas e Tailândia.

Balança Comercial

Os US$ 7,0 bilhões exportados por Santa Catarina em 2022 equivalem a 3,6% do total exportado pelo país no ano. Em relação às importações, o estado registrou no mesmo período o montante de US$ 15,9 bilhões, representando 10,3% das compras brasileiras internacionais. O saldo da balança comercial catarinense aponta déficit de US$ 8,9 bilhões no ano, frente ao superávit de US$ 39,9 bilhões do país.

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