Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Agricultores ganham dinheiro produzindo água

Com o patrocínio de ONGs e órgãos técnicos de governo, foram criados 28 núcleos de atuação, envolvendo 280 municípios

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Foto: Divulgação
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Projeto pioneiro dos produtores de água de no município de “Extrema”, no sul de Minas Gerais, virou fonte de inspiração para outros lugares do Brasil. Projeto mineiro que abrange uma área de 20 mil hectares em cerca de 300 sítios e fazendas já correu o mundo, sendo notícia na Alemanha, Espanha, além de ter ganhado prêmios, como um da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo sua inovação na produção de água.

A ideia do biólogo Pereira se expandiu para outras regiões e o que era originalmente política pública só em “Extrema”, virou o Conservador da Mantiqueira, com o propósito de cobrir toda a Serra da região.

Com o patrocínio de Organizações não Governamentais e órgãos técnicos de governo, foram criados 28 núcleos de atuação, envolvendo 280 municípios. Os valores e a frequência dos pagamentos variam em cada município. Mas, na média, os agricultores têm recebido R$ 250 por hectare, por ano para produzir água.

O Projeto foi concebido em 2005, através da Lei municipal nº 2.100 com o objetivo de manter a qualidade dos mananciais de Extrema e promover a adequação ambiental das propriedades rurais. Ele prioriza uma ação mais preventiva do que corretiva. O entendimento é que o mecanismo de comando e controle não pode ser o único instrumento de gestão ambiental das propriedades rurais. Sozinho, ele não garante o aumento da cobertura florestal ou a preservação dos mananciais.

O presidente da ANA – Agência Nacional das Águas diz que o ambicioso plano de reproduzir as experiências do Conservador das Águas de Extrema – primeiro Projeto do Programa Produtor de Água da ANA – para toda a região de influência da Serra da Mantiqueira parece um enorme desafio que, no entanto, se faz menor em função das entidades envolvidas na sua realização, as quais adquiriram, nos últimos anos, experiência suficiente a realização de tão grande tarefa. O Projeto ao fazer a restauração florestal de 1.200.000 ha com espécies nativas mudará a realidade ambiental de mais de 280 municípios de 03 importantes Estados da Federação, melhorando a produção de água e a qualidade de vida da população.

Em Santa Catarina, uma outra iniciativa tem diminuído o risco de falta de água nos municípios de Balneário Camboriú e Camboriú. Inspirada pelo projeto em “Extrema”, a administradora Kelly Dacol incentivou o pagamento por serviços ambientais nas duas cidades, em um programa que coordenou por 10 anos. E ela conseguiu dar um passo à frente, ao incluir o pagamento por serviços ambientais na tarifa que o consumidor paga.

O risco de escassez de água começou a diminuir quando proprietários no entorno das nascentes toparam entrar no projeto demarcando e, em vários casos, reconstituindo áreas com investimento patrocinado.
Douglas Rocha, que é diretor-geral da Empresa de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa), explica que as áreas recuperadas agora absorvem mais água suprindo bem os 200 mil moradores das duas cidades.


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