Redução de verbas federais ameaça obras e segurança nas rodovias de Santa Catarina
Entidades como Fiesc e Fetrancesc alertam para o impacto da proposta orçamentária da União para 2026
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Uma reunião de emergência realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) acendeu o alerta sobre o futuro da infraestrutura rodoviária do estado. A proposta de orçamento da União para 2026 prevê R$ 506,7 milhões para obras e manutenção das rodovias federais em Santa Catarina, um valor considerado reduzido por entidades do setor e insuficiente para garantir a segurança e o desenvolvimento econômico regional.
Segundo Egídio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, o corte compromete diretamente a execução e continuidade de obras essenciais. Já o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), Dagnor Schneider, destacou que a escassez de recursos representa um risco ainda maior quando o assunto é segurança nas estradas.
Obras comprometidas
Na BR-470, por exemplo, seriam necessários R$ 200 milhões, mas o orçamento prevê apenas R$ 50 milhões para 2026, o que ameaça o andamento da duplicação entre Navegantes e Indaial e a licitação do viaduto no km 138 em Rio do Sul. Na BR-280, o valor ideal seria R$ 209 milhões, enquanto o previsto é de R$ 80 milhões, o que deve afetar a retomada do lote 1, entre a BR-101 e São Francisco do Sul.
De acordo com a Fiesc, para que as obras rodoviárias em Santa Catarina avancem de forma adequada, seria necessário um investimento mínimo de R$ 1 bilhão por ano. A entidade lembra que, nos últimos dez anos, a frota de veículos cresceu 42%, enquanto a malha rodoviária aumentou apenas 2%.
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A precariedade das rodovias vai além das perdas econômicas. O Brasil registra mais de 6 mil mortes por ano em rodovias federais, e Santa Catarina está entre os estados com maior número de vítimas.
“Nós precisamos reagir. Não podemos mais entender como algo normal”, afirmou Dagnor Schneider.
O superintendente do DNIT em Santa Catarina, Amauri Sousa Lima, também participou da reunião e afirmou acreditar na possibilidade de ampliação dos recursos. “Eu acho que é possível, porque o que foi colocado para o orçamento do ano que vem é um pré-orçamento, por enquanto. Até a aprovação tem muita coisa que vai acontecer”, declarou.
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