CIDASC e Ministério da Agricultura estão criando plano inédito de continuidade agropecuária
Para as agroindústrias o movimento desencadeado pelo serviço público, sinaliza que o setor está sintonizado com os movimentos mundiais.
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Focado na prevenção, na proteção, na mitigação de riscos, nas ações de respostas rápidas e na recuperação do sistema, o plano estadual de continuidade agropecuária, coordenado pela CIDASC em parceria com o Ministério da Agricultura, e ainda em construção, vai definir, como regras, os controles de segurança agropecuária relacionada à saúde e bem estar animal.
Em relação à cadeia de proteína animal, o apoio das agroindústrias, através do SINDICARNES, se tornou indispensável para o sucesso desse movimento. O grande objetivo do programa é minimizar os riscos de interrupção da cadeia de produção e aplicar medidas para a manutenção das atividades agropecuárias. Esse plano, que ainda está sendo construído, quer garantir que o escoamento de animais saudáveis, em caso de uma anomalia que possa atingir o sistema, seja feito de maneira eficaz e totalmente controlada. A proposta, que é absolutamente inovadora, deseja manter os processos ativos, sem nenhuma interrupção. Garantindo assim a sobrevivência da cadeia.
No simulado feito pela CIDASC e o SINDICARNES, através das agroindústrias, focou basicamente nos controles de febre aftosa. Mas o programa é muito mais amplo. Muito mais abrangente. Segundo o coordenador estadual de controle da febre aftosa da CIDASC, veterinário Diego Tavares, o plano vai envolver outras doenças também, como a peste suína africada, peste suína clássica e até doença de Newcastle.
O plano brasileiro, que está sendo elaborado, se baseia nos regramentos feitos nas mais diversas cadeias de proteína animal dos Estados Unidos. No caso de uma determinada anomalia atingir o estado ou então uma região específica, o papel da fiscalização de trânsito também será feito pela CIDASC. Segundo a coordenadora estadual do programa de trânsito e vigilância sanitária da CIDASC, Patrícia Mayer, caberá aos veterinários do serviço público isolar o local, determinar as rotas, conferir os documentos, pra que só animais saudáveis cheguem às agroindústrias.
E nesse processo o papel das agroindústrias é algo imprescindível. Porque caberá a elas a garantia de que nenhum
animal contaminado chegue aos abatedouros, primando sempre pela qualidade, pela sanidade e pelos processos sustentáveis. E por ser um plano novo, e como eu disse ainda em construção, muitas demandas podem surgir ao longo desse caminho.
Mas para as agroindústrias o movimento, desencadeado pelo serviço público, sinaliza que o setor está sintonizado com os movimentos mundiais. Afinal, por mais seguro que seja produzir proteína animal em Santa Catarina e apesar de todos os status já conquistados, ninguém por aqui dorme em berço expendido. E essa inquietude sinaliza que jamais existiu zona de conforto em território barriga verde.
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