Inadimplente e sem dinheiro? Não pague a dívida!
Aguarde o tempo certo e enquanto isso coloque em ordem as suas finanças
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Suja o nome, limpa o nome e… suja de novo… Se você vive nesse ciclo está na hora de parar e entender algumas coisas. A verdade é que “limpar o nome” não deveria estar no topo da lista de alguém que está atolado em dívidas e atrapalhado com as despesas mensais.
Não entenda mal! Ninguém aqui está incentivando o calote. Você deve pagar os débitos, todos! Mas no tempo certo e na ordem mais inteligente possível. Pensa comigo… Se você está se atrapalhando com as contas básicas de cada mês, não estaria pulando etapas querendo negociar dívidas?
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O cobrador vai ter que esperar
A verdade é que se a inadimplência bateu à porta, a hora de negociar não é no primeiro contato do cobrador. Sinto muito. Sabe a crista da onda? A dívida sobe e sobe até a crista. Isso ocorre, em média, nos primeiros 6 meses. É neste período que os juros disparam ferozmente. É também nesta fase que bate o desespero por pagar logo e limpar o nome.
Mas a verdade é que primeiro você deve colocar a “casa” em ordem! Para então ter clareza da capacidade financeira de arcar com um novo parcelamento. Enquanto isso, a dívida pode ir aumentando rápido por conta dos juros. Mas passada a “crista da onda” ela começa a perder o tamanho e a força.
É nesta hora que a negociação ganha um tom mais humano, com propostas mais decentes e com significativa redução ou até um brusco corte nos juros.
A pressão das cobranças
Mas até lá… haja paciência de aturar os cobradores(que estão fazendo o trabalho deles)em ligações, cartas e e-mails te procurando enlouquecidamente. A pressão vai ser grande sim, por isso é importante ter clareza do que você pode ou não arcar.
Mãos à obra
E até chegar nesta fase não pense que vai ficar de braços cruzados esperando… Estratégia é a palavra! Afinal, se você realmente quer retomar o controle do seu dinheiro, vai ter que deixar as desculpas e a preguiça de lado.
Comece por aqui:
1) Liste, recorra aos extratos, cheque os boletos para saber o seu custo mensal.
2) Compare as despesas com a renda mensal e corte todo o excesso
3) Estabeleça um valor mensal para a reserva de emergência
4) Fique de olho nos feirões SPC e SERASA
Mas mesmo com dívida devo focar na reserva?
Sim! Enquanto você negocia e aguarda o tempo certo (pode levar em média 1 ano) de pagar as dívidas com os credores, construa sua reserva. É com este dinheiro e com disciplina que você vai sair desse enrosco.
E é nesta ordem mesmo, pagando as dívidas por último. Organização e um plano realista primeiro.
Mas atenção: As dicas não valem para todos os casos
Se você tem empréstimo consignado, a dívida atrelada à conta que recebe o salário ou algum bem alienado, o foco é total em quitar estes itens. Até podem ser feitas algumas manobras, mas por meio judicial. Evite.
Inadimplência reflete cenário
É certo que, ninguém entra nessa de propósito. A perda do emprego, um imprevisto ou o próprio peso da inflação e dos juros empurram com força o brasileiro para o buraco. O Serasa mostra que no Brasil são 71 milhões de pessoas inadimplentes.
Se você tem dúvidas sobre os valores a separar, onde reservar ou como negociar, posso continuar nesse assunto. Me conta aqui no meu Instagram. Aguardo tua mensagem! Até mais!
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