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Pode faltar combustível se preços forem congelados alerta Silva e Luna

Presidente da Petrobras avisou ministros durante reunião com cúpula do Planalto

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, desembarcou no Rio de Janeiro no fim da manhã desta quarta-feira (09) depois de passar a terça-feira (08) em Brasília tentando convencer ministros da ala política e a equipe do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que o congelamento, mesmo que temporário, dos preços dos combustíveis, poderá gerar mais crise. O general foi incisivo e afirmou aos ministros, entre eles, Ciro Nogueira, da Casa Civil, que o país poderá ficar sem combustível já no mês que vem caso esse tipo de interferência seja feita na estatal.

O militar, que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do ano passado, ponderou que, se houver desabastecimento, o Brasil irá parar como aconteceu em 2017 durante a greve dos caminhoneiros. Silva e Luna destacou que, se isso ocorrer, o resultado será mais inflação, e não o contrário como quer Bolsonaro. Depois das ponderações feitas pelo presidente da estatal, no início da noite de terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que o congelamento foi uma das alternativas especuladas internamente pelo Planalto.

Apesar da negativa de Guedes, assessores e ministros da ala política defenderam abertamente o congelamento e chegaram a afirmar que é responsabilidade dos acionistas da Petrobras pagar essa conta “temporária”, já que a estatal vem apresentando lucro consecutivo. Antes de se reunir com a cúpula do governo no Planalto, o general Silva e Luna teve uma conversa reservada com o ministro Bento Albuquerque. No encontro, o presidente da Petrobras deixou claro que não tem apego ao cargo e que, dependendo das decisões do Executivo, não irá continuar na função.

O presidente da Petrobras não quer bancar nenhuma medida aventureira que possa ir contra a legislação que rege o funcionamento das estatais. Por parte do Planalto, Bolsonaro também não esconde o descontentamento com o general e não descarta abreviar o mandato dele indicando um outro nome pra função. Se isso ocorrer, o nome precisa ser aprovado em assembleia geral da estatal, que acontece todos os anos no mês de abril. O Ministério de Minas e Energia não se manifestou sobre o encontro entre o almirante Bento Albuquerque e o general Silva e Luna.

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