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TERROR NO RIO

Vídeos mostram momentos de tensão e resgates sob fogo cruzado em megaoperação no Rio

As imagens mostram policiais tentando socorrer colegas baleados em meio à mata

• Atualizado

Redação

Por Redação

Vídeos mostram momentos de tensão e resgates sob fogo cruzado em megaoperação no Rio | Foto: reprodução.
Vídeos mostram momentos de tensão e resgates sob fogo cruzado em megaoperação no Rio | Foto: reprodução.

As câmeras corporais dos agentes que participaram da megaoperação no Rio de Janeiro registraram momentos de extrema tensão, com cenas de resgates dramáticos sob intenso tiroteio em áreas dominadas pelo Comando Vermelho.

As imagens mostram policiais tentando socorrer colegas baleados em meio à mata, enfrentando o terreno difícil e as barricadas erguidas por criminosos. Em um dos registros, agentes improvisam uma maca para retirar um colega ferido enquanto ainda são alvos de disparos.

A operação, que durou mais de 10 horas, teve três resgates de policiais registrados. Os vídeos foram solicitados por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e integram uma investigação que analisa a legitimidade da ação policial, que está sob avaliação de grupos de direitos humanos.

Segundo o governo, parte das gravações foi perdida por falhas de bateria, já que as câmeras ficaram ligadas durante toda a operação.

Resgates sob fogo cruzado

Em uma das imagens, o sargento Cleiton Serafim Gonçalves aparece socorrendo o cabo Oliveira, atingido na perna esquerda. Poucos minutos depois, o próprio Serafim é baleado e não resiste. Ele foi um dos quatro policiais mortos durante a ação.

Outro registro mostra o sargento Santana, ferido por três disparos, sendo carregado por colegas que improvisam uma maca artesanal para o transporte. Santana aguardou mais de uma hora até conseguir ser levado em segurança.

Os vídeos mostram ainda as dificuldades para o resgate nas partes altas das comunidades, onde blindados não conseguiam acessar o terreno, obrigando as equipes a abrirem caminho a pé sob o fogo inimigo.

O material das câmeras corporais deve ser analisado por peritos independentes, sob supervisão do STF e de órgãos de controle, como parte do processo de transparência sobre a atuação policial em áreas de risco no Rio de Janeiro.

Megaoperação deixa 121 mortos

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a megaoperação, realizada na última terça-feira (28), terminou com 121 mortos, sendo quatro policiais.

Levantamentos da corporação apontam que 95% dos mortos tinham ligação direta com o Comando Vermelho, e 59 possuíam mandados de prisão em aberto. Outros 97 apresentavam histórico criminal relevante. Entre as vítimas, 17 não tinham antecedentes, mas a polícia afirma que 12 delas exibiam indícios de envolvimento com o tráfico em postagens nas redes sociais.

Os dados também revelam a presença de criminosos de outros estados, sendo 19 do Pará, 12 da Bahia, 9 do Amazonas e 9 de Goiás. As perícias dos corpos já foram concluídas e os laudos do IML liberados, restando apenas dois casos pendentes.

A megaoperação resultou ainda em 113 pessoas presas, 10 menores apreendidos, 118 armas confiscadas, munições, explosivos e drogas além de equipamentos militares usados pelo tráfico.

*Com informações do SBT News

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