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Suspeito voltou ao local

VÍDEO: Polícia Civil divulga resultado das investigações de homicídio em Blumenau

Foram interrogadas testemunhas e analisadas imagens de câmeras de monitoramento

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Suspeito teria ido até em casa para buscar a faca utilizada no crime. Foto: Polícia Civil.
Suspeito teria ido até em casa para buscar a faca utilizada no crime. Foto: Polícia Civil.

Nesta sexta-feira (10), a Polícia Civil por meio da DIC de Blumenau divulgou o resultado das investigações sobre o homicídio ocorrido em frente a um supermercado do município. O crime aconteceu no dia 03 de novembro, por volta das 18h e vitimou Giovane Ferreira da Silva, de 29 anos. O autor seria Gleidson Tiago da Cruz, de 41 anos, que foi preso em flagrante no local e no sábado (04), após a audiência de custódia, teve sua prisão convertida em preventiva. Veja o que se sabe até o momento sobre o crime. Foram interrogadas testemunhas e analisadas imagens de câmeras de monitoramento.

A polícia também divulgou um vídeo onde é possível ver a movimentação no estabelecimento após o crime. Assista.

Vítima teria sido agredida por barra de ferro

De acordo com as testemunhas o autor do homicídio e a vítima se encontraram em dois momentos distintos naquela tarde, sendo que o primeiro foi parcialmente captado pelas câmeras localizadas no estabelecimento.

No primeiro encontro não houve registro em imagens de discussão, xingamentos, ameaças ou agressões entre as partes. No entanto, testemunhas afirmaram que conversaram com a vítima após ela ter sido agredida por uma barra de ferro, parte de um carrinho de criança, pelo suspeito. Ainda de acordo com os relatos, Giovane teria motivado a violência sofrida ao oferecer uma paçoca a filha do autor.

A vítima contou a testemunha que houve xingamentos e ameaças recíprocas e que o suspeito havia prometido retornar ao local e depois seguiu em direção a sua casa. Por conta da ameaça, Giovane disse que iria se prevenir, buscando uma faca.

Suspeito voltou ao local

Câmeras flagraram o suspeito entrando no seu prédio e logo em seguida, saindo carregando um carrinho de compras, contendo no bolso externo, um objeto semelhante a faca utilizada no crime. De acordo com a polícia, o homem seguiu em direção ao supermercado e mesmo podendo usar outra entrada, escolheu encarar a vítima novamente.

De 15 a 16 facadas

Ao chegar ao local, o suspeito colocou a criança que estava carregando no colo no chão e se aproximou da vítima, que estava abaixada. Neste momento as agressões começaram novamente, mas dessa vez o autor utilizou a faca que trouxe consigo de casa. Ainda não houve a conclusão do laudo cadavérico, mas a polícia estima que a vítima tenha sofrido de 15 a 16 facadas.

“Diante de todos os elementos informativos angariados, infere-se que o autor, após uma discussão sobre a oferta de uma paçoca, retorna ao local para matar a vítima”, relatou a Polícia Civil em relatório divulgado.

O que diz a defesa do suspeito

Segundo o advogado do autor do homicídio, Rodolfo Warmeling, o caso é mais complicado do que o abordado pelo relatório policial. O suspeito teria partido para cima da vítima após a mesma ter desrespeitado e ameaçado a sua filha de 2 anos.

“A vítima, insatisfeita com a ameaça proferida à integridade física da filha menor do autor, prosseguiu com ofensas de baixo calão e desferiu chutes no carrinho de bebê com novas ameaças. A ação foi instintiva de um pai que estava na eminência de uma grande ameaça que colocava em risco não somente à sua integridade física, mas também, a de sua filha”, relatou o advogado.

Ainda de acordo com a defesa do autor das facadas, a vítima e o suspeito teriam entrado em luta corporal, momento em que o autor desarmou a vítima e desferiu os golpes ocasionando a sua morte. “É um fato lamentável oriundo de um pai que se viu ameaçado por um cidadão que desrespeitou todos os limites toleráveis, sobretudo, ao ameaçar a integridade física de uma criança”, comentou.

Sobre o caso, o advogado comenta que eles vão prosseguir com a audiência de custódia e se preparar para o processo. “Pretendemos reunir as provas, coletar relatos de testemunhas oculares que presenciaram os fatos e alegar tudo o que há de interesse defensivo para tutelar os direitos desse pai que agiu instintivamente para tutelar sua família”, completou.

Ambos tinham antecedentes

De acordo com a polícia, Giovane havia sido preso em flagrante pelo crime de furto em 2014. Já o suspeito, era investigado pelo crime de furto ocorrido em 2010, em Minas Gerais.

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