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VÍDEO: Homem negro é imobilizado e populares acusam polícia de racismo em Criciúma

Vídeos da ação foram publicados nas redes e o caso vem ganhando repercussão devido à maneira que os policiais abordaram o homem

• Atualizado

Redação

Por Redação

Emanuela Lima

Por Emanuela Lima

Imagem: SCC Meio-Dia | Reprodução
Imagem: SCC Meio-Dia | Reprodução

Na tarde de quinta-feira (15) um homem foi imobilizado pela Polícia Militar no Centro de Criciúma. A abordagem, seguida de imobilização, aconteceu após lojistas da região suspeitarem da vítima, por ela estar olhando as vitrines dos estabelecimentos. Vídeos da ação foram publicados nas redes sociais e o caso vem ganhando repercussão devido à maneira que os policiais abordaram o homem, que é negro.

O momento em que a guarnição usa a força para deter o homem foi gravado por uma pessoa que estava no local. Na internet, o atendimento prestado recebeu críticas, que definiram a situação como “violenta e desnecessária”. Os internautas também questionaram o motivo de tantos policiais se deslocarem para a ocorrência e perguntaram se, caso o homem fosse branco, a abordagem e as denúncias teria sido realizadas da mesma forma, acusando que as autoridades teriam sido racistas.

Segundo a PM, a força foi usada na abordagem devido à resistência que o homem apresentou quando ordenaram que ele colocasse as mãos na cabeça. Confira o pronunciamento:

1- A Polícia Militar foi acionada via Central de Operação Policiais Militares (COPOM-190) para o atendimento de ocorrência de averiguação de pessoa em atitude suspeita;

2- Ao chegar no local, os policiais se depararam com o suspeito, que estava com as mesmas vestes elencadas na denúncia e, de imediato, iniciaram os procedimentos de abordagem;

3- O suspeito não acatou as diversas verbalizações policiais, não acatando ordens de abordagem da guarnição policial, desacatando a guarnição e realizando ameaças aos policiais, sendo necessária a utilização do controle contato, para conseguir efetuar a prisão por desobediência, resistência e ameaça;
4- A guarnição precisou fazer a condução do abordado até à Delegacia de Polícia Civil, que ao chegar no local foi oferecido os benefícios da lei 9099/95, assinou o Termo Circunstanciado e foi liberado no local.

Pronunciamento da PMSC

Enquanto ao comércio, uma das lojas recebeu diversos ataques. O estabelecimento se pronunciou por meio das redes, informando que não compactua com o racismo e que uma das donas é casada com um homem negro e tem uma filha negra. Também ressaltaram, que as mensagens de ódio serão encaminhadas a justiça. O caso está sob a investigação da polícia.

Testemunha

Uma testemunha informou que estava na metade da quadra quando viu os policiais se aproximarem do homem. Segundo ela, não houve resistência e a guarnição iniciou o atendimento de forma agressiva.

Eu estava na metade da quadra quando vi os policiais já em cima dele. Ele colocou as mãos para cima e disse que não tinha feito nada. Pediu para não o machucarem e não rasgarem seu tênis. A polícia chegou gritando, deu uma rasteira e já começou a enforcar. Pegamos o celular para filmar e muitas pessoas disseram que se tratava de um caso de racismo.

Testemunha

Segundo a testemunha, a dona de uma das lojas questionou o motivo de ela estar filmando, quando respondeu que não concordava com a ação dos policiais. “Ela disse que eu não tinha que concordar e que o homem não tinha que ficar na frente da loja delas. Eu respondi que a calçada era pública e que ele podia ficar onde quisesse, pois só estava descansando”.

Veja o vídeo:

*** Com informações de Emanuela Justino

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