Vereadores do PL se desentendem e funcionários precisam separá-los na Câmara da Capital
O caso ocorreu na tarde da última sexta-feira (22) e foi repassado ao SCC10 com exclusividade
• Atualizado
Os vereadores do PL (Partido Liberal) Sargento Mattos e Maikon Costa se desentenderam e, segundo informações repassadas ao SCC10, precisaram ser contidos por funcionários, que acabaram com a confusão. O caso ocorreu na tarde da última sexta-feira (22) na Câmara de Vereadores de Florianópolis.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil nesse sábado (23), o vereador Maikon Costa estaria agressivo e teria tentado agredir o Sargento. Ainda segundo o B.O., Costa teria invadido a sala em que Mattos estava, se recusando a sair.
A reportagem do SCC10 entrou em contato com Costa, que confirmou que houve um desentendimento entre os dois na sala da Presidência da Câmara:
“A situação ocorreu na sexta-feira (22), na sala de reuniões da presidência, onde eu estava reunido com um assessor da presidência. Esse é um local de acesso público a todos os cidadãos. No entanto, Mattos chegou de forma ameaçadora e constrangedora, emitindo ordens ilegais para que eu deixasse o recinto, chegando a me ameaçar com frases como “eu te pego na porrada”, “vou chamar a polícia” e “vou te prender””, disse por meio de nota.
Ainda segundo Maikon Costa, sobre o ocorrido, estão sendo avaliadas as medidas legais apropriadas a serem tomadas tanto no âmbito civil quanto no âmbito criminal.
Entenda o desentendimento entre os vereadores do PL
O sargento Mário Cosme Mattos da Polícia Militar, mais conhecido como Sargento Mattos, está como vereador na Câmara de Vereadores da cidade, enquanto Maikon Costa está de licença por motivos pessoais. Durante o período, de 1º de setembro até o final do mês, o sargento atua na sala do licenciado e conta com o apoio do corpo de funcionários já contratado por Costa.
Uma fonte informou ao SCC10 que os dois políticos do mesmo partido têm passado por problemas de relacionamento desde que o sargento assumiu. Isso seria devido a um outro desentendimento que Maikon Costa teria com a vereadora Maryanne Mattos, também do PL.
De acordo com a fonte, o sargento assumiu o cargo e, desde então, tem se aproximado de Maryanne, o que estaria desagradando o colega de partido. Ao saber disso, Maikon teria proibido que seus assessores prestassem serviços ao suplente.
Sobre o desentendimento, Maikon Costa, por nota ao SCC10, afirmou que a posse de Mattos não teria ocorrido sem o consentimento dele, além de ser um gesto importante que permitiu a aposentadoria antecipada da Polícia Militar. Ainda, que a mudança no foco do trabalho demonstra que não são impostas restrições à titularidade e ainda que há uma ingratidão por parte do colega vereador.
Por fim, disse que os desentendimentos com Mattos tiveram início quando ele começou a ser influenciado por outras lideranças políticas, partidárias e até mesmo militares.
Confira a nota do vereador Maikon Costa na íntegra:
Diferentemente de outros ocupantes da mesma posição, que não permitem a alternância de suplentes, sempre dei prioridade ao rodízio para proporcionar oportunidades e demonstrar respeito pelo sufrágio universal. Em resumo, a posse de Mattos não teria ocorrido sem o meu consentimento, além de ser um gesto importante que permitiu sua aposentadoria antecipada das fileiras da Polícia Militar.É natural que um suplente acompanhe as atividades do titular, mantendo as agendas positivas, pautas e reuniões previamente agendadas e planejadas. No entanto, Mattos optou por deixar de lado um trabalho sério e dedicado para focar em sua agenda pré-eleitoral. Isso demonstra três coisas: que não impomos restrições à sua titularidade e, em segundo lugar, uma ingratidão sem precedentes, e terceiro falta de compromisso com a cidade. Os desentendimentos entre Mattos e eu tiveram início quando ele começou a ser influenciado por outras lideranças políticas, partidárias e até mesmo militares. Isso afetou a continuidade de nosso mandato e o andamento de questões importantes relacionadas às possíveis irregularidades nas licitações de castração de animais na DIBEA, das quais Mattos cancelou sua participação na delegacia de Proteção Animal em cima da hora, além de outros despachos da Operação Lajotaço e Entulho (Propinão), que estão pendentes desde que ele assumiu nosso gabinete.A última situação ocorreu na sexta-feira (23), na sala de reuniões da presidência, onde eu estava reunido com um assessor da presidência. Esse é um local de acesso público a todos os cidadãos. No entanto, Mattos chegou de forma ameaçadora e constrangedora, emitindo ordens ilegais para que eu deixasse o recinto, chegando a me ameaçar com frases como “Eu te pego na porrada”, “Vou chamar a polícia” e “Vou te prender”.É notável que Mattos tem demonstrado um alto grau nervosismo, especialmente após receber críticas por ser policial e ter feito críticas contundentes na tribuna à operação da polícia civil que resultou na prisão de um servidor da prefeitura envolvido em propina. Além de sua atitude agressiva e ameaçadora em relação a mim, existem outros fatos com terceiros, como poderemos comprovar posteriormente com evidências concretas. Neste momento, estamos avaliando as medidas legais apropriadas a serem tomadas tanto no âmbito civil quanto no âmbito criminal.Desejo a Mattos um sábio fim de mandato neste última semana e uma reflexão sua passagem no parlamento municipal e principalmente no que isso agregou para cidade. “Quem pratica a bondade, tem que ter a coragem de suportar a ingratidão”
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