Universidade expulsa alunos que simularam masturbação em jogo de vôlei feminino
Instituição repudiou ato e disse que levou caso às autoridades públicas; entidades pedem punição
• Atualizado
A Universidade de Santo Amaro (Unisa) afirmou, na noite de segunda-feira (18), que está tomando as devidas providências em relação ao caso de “masturbação coletiva” durante uma partida de vôlei feminino do curso de medicina. A instituição repudiou o ocorrido e informou que expulsou os alunos que participaram do ato já identificados.
“Considerando ainda a gravidade dos atos, a Unisa levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis. A Unisa, com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores”, disse a universidade.
A declaração aconteceu poucas horas após o ministro da Educação, Camilo Santana, pedir que a instituição fosse notificada para apurar quais seriam as providências tomadas em relação ao episódio. “Repudio veementemente o ocorrido. É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”, disse o ministro.
O caso ocorreu entre 28 de abril a 1° de maio, mas ganhou repercussão apenas nesta semana, após divulgação nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver um grupo de estudantes seminus correndo em uma quadra, em uma espécie de “volta olímpica”. Em outro vídeo, os alunos se masturbam enquanto assistem a um jogo de vôlei feminino.
Em comunicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) classificou as cenas como “absurdas” e pediu a responsabilização dos estudantes que participaram do ato. “Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo. A nossa luta sempre será por um ambiente universitário sem machismo e sem assédio”, afirmou a entidade.
O mesmo foi dito pelo Ministério das Mulheres, que reforçou que atitudes como a dos estudantes de medicina da Unisa jamais podem ser normalizadas pela população, mas combatidas com o rigor da lei. “Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência”, disse a pasta.
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