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Turbulência deixa 11 pessoas feridas em voo de Buenos Aires para Frankfurt

A turbulência aconteceu durante o trajeto que passava pelo oceano Atlântico

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto:  reprodução/redes sociais
Foto: reprodução/redes sociais

Onze pessoas ficaram feridas durante um voo da companhia Lufthansa, após uma turbulência severa. O voo partiu de Buenos Aires, na Argentina, na segunda-feira (11), em direção a Frankfurt, na Alemanha.

Em nota, a Lufthansa informou que a instabilidade do voo foi rápida e aconteceu quando a aeronave atingiu uma zona de convergência intertropical, onde os ventos do hemisfério sul se encontram com os do hemisfério norte.

“Infelizmente, cinco passageiros e seis tripulantes sofreram ferimentos leves e receberam tratamento médico imediatamente após o pouso seguro em Frankfurt”, afirmou o porta-voz da companhia, Jörg Waber.

Segundo a companhia, a segurança do voo “nunca foi comprometida” e lamentou o incidente.

*Com informações do SBT News.

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Imagem ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)
Imagem ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)

Após a morte de uma idosa de 70 anos e pelo menos 30 pessoas feridas durante uma turbulência em um voo da Singapore Airlines, que conectava Londres a Singapura, nesta terça-feira (21), os internautas movimentaram as redes sociais com questionamentos. Seria possível uma turbulência provocar a queda de um avião?

No seu site “Ask the Pilot”, o ex-piloto de aviação norte-americano Patrick Smith destaca que, apesar de ser um incômodo para todos a bordo, incluindo a tripulação, a turbulência é uma ocorrência normal que não apresenta riscos significativos à segurança da aeronave.

“A turbulência é um incômodo frave para todos, inclusive para a tripulação, mas também é, por falta de um termo melhor, normal”, observa Patrick.

A Associação Brasileira de Aviação (Abear) afirma que as aeronaves são construídas para suportar uma variedade de condições meteorológicas, garantindo a segurança dos passageiros mesmo durante momentos de turbulência.

Toda turbulência é igual?

De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), existem três categorias de turbulência: leve, moderada e severa, sendo esta última a que ocorreu durante o voo da Singapore Airlines. Nos dois primeiros tipos, o passageiro quase não percebe a turbulência ou, no máximo, observa pequenos deslocamentos, como líquidos nos copos tremendo.

As causas da turbulência podem variar, desde eventos meteorológicos e mudanças de temperatura e altitude até as correntes de jato, conhecidas como “jet stream”. Essas correntes de vento, presentes em altas altitudes e geralmente não detectáveis pelos radares das aeronaves, podem surpreender, pois são invisíveis até que afetem diretamente o voo, como ocorreu no caso do voo da Singapore Airlines.

Quais são os riscos de uma turbulência severa?

Nos casos de turbulência severa, conforme indicado pela associação, há relatos de malas e objetos despencando dos compartimentos de bagagem sobre os assentos, e os passageiros podem sentir uma pressão significativa dos cintos de segurança, sendo “puxados para cima”. Sem o cinto de segurança afivelado, há o risco de os passageiros serem arremessados dos assentos.

De acordo com a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), a turbulência em voos é a principal causa de lesões em comissários de bordo e passageiros em acidentes não fatais nas companhias aéreas comerciais.

Além dos funcionários da Singapore Airlines, alguns passageiros foram levados ao hospital com ferimentos graves, embora não esteja claro se estavam usando cinto de segurança. Um passageiro britânico faleceu devido a problemas cardíacos, sofrendo um infarto agudo do miocárdio, conforme informado por um porta-voz do Aeroporto da Tailândia, onde a aeronave realizou um pouso de emergência.

Mudanças climáticas podem aumentar as turbulências?

De acordo com um estudo realizado em 2023 pela Universidade de Reading, as mudanças climáticas já estão afetando os voos de avião de maneira significativa. O estudo revelou que a turbulência severa registrou o maior aumento, com um aumento de 55% nos últimos 40 anos, devido ao aquecimento do ar causado pelas emissões de CO2 na atmosfera. Em seguida, observou-se um aumento nas turbulências moderadas (37%) e leves (17%).

O estudo aponta que o impacto das mudanças climáticas está resultando em um aumento do cisalhamento do vento, que é a rápida alteração na direção e na velocidade do vento em uma curta distância, especialmente nas correntes de jato. Isso está contribuindo para um aumento na ocorrência de turbulências de céu limpo, as quais os radares têm dificuldade em detectar e prever com antecedência.

Estagiária sob supervisão de Rubens Felipe

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