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Tragédia

Tripulação do avião de Marília Mendonça não relatou emergência

Equipe que comandava a aeronave também não fez qualquer pedido de socorro no acidente´.

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: SBT
Foto: SBT

Fontes ligadas ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelaram ao SBT que a tripulação da aeronave da cantora Marília Mendonça, formada por comandante e copiloto, não relatou qualquer emergência, nem pediu socorro, à torre de comando em Caratinga.

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Os destroços da aeronave vão ser periciados nas sedes regionais do Cenipa, no Rio de Janeiro, e em Sorocaba, no interior Paulista. A análise dos dois motores é considerada decisiva para a investigação. Segundo especialista, é possível que o avião tenha perdido o controle após colidir com o cabo do torre da torre de transmissão de energia, a 5 km do aeroporto de Caratinga.

“É possível que essa linha atue como uma linha de cerol e danificasse os dois motores ao mesmo tempo. Quando você tem os dois motores perdidos, você fica numa situação extremamente difícil. Então, essa é uma dinâmica possível”, afirmou Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de risco.

Os investigadores também vão verificar se as peças do avião eram compatíveis com o que a empresa Pec Táxi Aéreo detalhou no plano de manutenção. O bimotor não tinha caixa-preta, mas estava equipado com o Spot Geocalizador, uma espécie de GPS que poderá reconstruir toda a trajetória do voo.

“Ele não vai fazer essa leitura como a caixa-preta funciona, mas você tem o equipamento que informa pra você a altitude e a velocidade. Então, são parâmetros da aeronave”, diz Joselito Paulo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Segurança de Aviação.

O Cenipa não tem prazo para concluir a investigação, já a a Polícia Civil de Minas Gerais deve finalizar o inquérito em 30 dias. Para Portela, a tragédia expõe a necessidade de uma legislação mais rigorosa para o tráfego de aeronaves particulares.

“Quando começam a se somar as falhas – alguma falha no plano de voo ou no seguimento dele, mais uma linha mal posicionada ou mal sinalizada e mais uma pressão de horário, mais um aeroporto com poucos recursos – tudo isso se somando, você tem a catástrofe”, afirma o especialista.

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