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Falso advogado

Suspeito que responde 13 inquéritos por fraude e plágio é denunciado por atuar sem OAB

Família do acusado também está pedindo que o caso seja investigado

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Reprodução / https://joaorielmanuel.com.br/
Foto: Reprodução / https://joaorielmanuel.com.br/

João Riél responde a 13 inquéritos por fraude e plágio, também foi denunciado há sete anos por advogar sem ter registro na OAB, no Rio Grande do Sul. Até a família do acusado está pedindo que o caso seja investigado.

Jornais e revistas mostravam a notoriedade de João Riél já em 2014. Na época, os recortes ficavam num álbum que ele fez questão de levar no dia do seu depoimento ao Ministério Público.

“Aquilo me causou uma estranheza enorme. Não é algo corriqueiro que aconteça”, afirma a promotora de Justiça de Arroio do Tigre, no interior gaúcho, Greice Ávila Schmeinhg.

O bacharel em direito era investigado por assinar processos com o número da Ordem dos Advogados do Brasil que pertencia a outra pessoa.  A promotora ouviu as vítimas, todas confirmaram que João Riél trabalhava como advogado, mas ele negou.

“Ele referiu que ele não atuaria como advogado, que ele tava focado mais na vida acadêmica e que teriam sido essas circunstâncias, teriam sido erros de digitação na informação da OAB”, diz Greice.

O Ministério Público denunciou João Riél por falsidade ideológica e exercício irregular da profissão de advogado. A ação tramitou em segredo de Justiça, mas acabou prescrevendo. Há três anos, a polícia voltou a investigar o falso advogado por fraude e plágio. O gaúcho diz ser autor de mais de 30 obras, mas algumas são acusadas de serem cópias de outras publicações.

O caso repercutiu novamente após as publicações de um advogado nas redes sociais. O farsante dizia ter estudado na mesma universidade que ele.

“Eu trabalhava no programa de pós-graduação mestrado e doutorado lá fazendo pesquisa e eu nunca tinha ouvido falar dele. O João Riél ele tinha mestrado, doutorado em andamento e já tinha um pós-doutorado num período de três anos? Aí eu vi aquele currículo e tive certeza que alguma coisa não estava certa”, diz o advogado Francisco Campi.

As mentiras, que chegaram até o Palácio do Planalto, começaram cedo. “Uma coisa que ele teve desde criança, em ser sempre mais que o outro, aí começou a extrapolar. Postava foto, por exemplo, estava em Portugal e estava aqui no interior sabe?”, conta uma prima. 

Para a familiar, que prefere não se identificar, as atitudes do falso prodígio trazem vergonha: “a gente queria que realmente estourasse pra que desse um fim, pra que pessoas não fossem lesadas, iludidas. A gente quer que ele pare. Só isso”.

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