STF determina que Bolsonaro seja investigado por vazamento de inquérito sigiloso
Ministro do STF abriu processo por divulgação de informações de uma investigação sigilosa da PF
• Atualizado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (12) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja investigado pelo vazamento de informações de um inquérito sigiloso da Polícia Federal.
A decisão do magistrado atende a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), feito no início da semana: uma notícia-crime sobre suposta conduta criminosa do presidente por ter compartilhado em redes sociais a íntegra de uma suposta investigação da PF sobre um possível ataque ao sistema do Tribunal em 2018.
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Além da abertura de inquérito, Moraes também pede que o conteúdo compartilhado por Bolsonaro seja removido das redes sociais e que o delegado da Polícia Federal responsável pela investigação das eleições de 2018 seja afastado. O delegado deverá, ainda, prestar depoimento para esclarecer informações do caso.
O deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso na Câmara, também deverá prestar depoimento. “Sem a existência de qualquer justa causa, o sigilo dos autos foi levantado e teve o seu conteúdo parcialmente divulgado pelo Presidente da República, em entrevista conjunta com o deputado Felipe Barros, no intuito de tentar demonstrar a existência de fraudes nas eleições e ratificar suas declarações anteriores, objeto da primeira notitiacriminis”, diz trecho da decisão do magistrado.
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