Sobreviventes do ‘clube do estupro’ receberão indenização milionária
O escritório de advocacia que representa as vítimas afirmou que este é o maior acordo de indenização já concedido pelo governo dos EUA
• Atualizado
Em um acordo histórico, 103 mulheres que sofreram abusos sexuais em uma prisão feminina dos EUA receberão uma indenização de US$ 116 milhões (R$ 713 milhões) do governo federal. A prisão de Dublin, na Califórnia, ficou conhecida como “clube do estupro” devido aos inúmeros casos de violência sexual perpetrados por agentes penitenciários.
Pelo menos sete dos agentes foram condenados ou se declararam culpados por acusações de abusos sexuais no “clube do estupro”, de acordo com o The New York Times.
O escritório de advocacia que representa as vítimas afirmou que este é o maior acordo de indenização já concedido pelo governo dos EUA a um grupo de sobreviventes de violência sexual. A advogada Jessica Pride celebrou a decisão, destacando que “este acordo histórico envia uma mensagem poderosa: o abuso sistemático de prisioneiras não será tolerado”.
“O que aconteceu em Dublin não foi apenas uma falha de supervisão – foi uma podridão cultural, onde o abuso sexual se tornou parte das operações da prisão. Este acordo representa justiça para 103 mulheres corajosas que se recusaram a permanecer em silêncio e lutaram para garantir que as suas vozes fossem ouvidas”, disse a advogada Jessica Pride.
O BOP (Federal Bureau of Prisons, agência federal responsável pelas prisões federais nos EUA) confirmou na terça-feira (17) o acordo de indenização. Em comunicado oficial, a agência reafirmou seu compromisso em proteger os detentos e condenou veementemente os abusos ocorridos na prisão de Dublin.
O valor da indenização será dividido entre as 103 mulheres, levando em consideração a gravidade dos abusos sofridos por cada uma. O acordo abrange denúncias feitas nos últimos anos e envolve cerca de 25 funcionários da prisão, incluindo agentes penitenciários e equipes médicas.
A prisão de Dublin foi fechada pelas autoridades federais no início deste mês devido a problemas como falta de pessoal, infraestrutura precária e altos custos operacionais.
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