‘Só sobrevivi porque fingi estar morta’, diz jovem atacada em Hortolândia
A vítim relatou que foi surpreendida por um homem enquanto voltava do trabalho
• Atualizado
Uma jovem de 23 anos sobreviveu a uma tentativa de estupro após fingir estar morta durante um ataque violento na noite deste domingo (30), no bairro Vila Real da Continuação, em Hortolândia (SP). A vítima, identificada como Ingrid Maielly de Mendonça Dalarmi, relatou que foi surpreendida por um homem enquanto voltava do trabalho por volta das 22h.
Segundo o boletim de ocorrência, Ingrid caminhava nas proximidades da passarela que cruza a Avenida 4 de Maio, no sentido do Jardim Minda, quando foi abordada por um homem em uma bicicleta, aparentando ter entre 30 e 40 anos. Ela conta que o suspeito perguntou se o shopping onde ela trabalha ainda estava aberto. Após a resposta, passou a segui-la.
Em depoimento e entrevista à TV local, a jovem afirmou que o agressor inventou que havia um bebê abandonado debaixo do pontilhão e pediu sua ajuda. Com a intenção de socorrer a possível criança, ela decidiu acompanhar o homem. Foi então que o ataque começou.
“Eu, com o coração inocente, fui sem ver maldade. Nisso, ele me empurrou, começou a me chutar e apertar o meu pescoço”, relatou Ingrid, ainda debilitada e coberta de hematomas, com o olho inchado e várias escoriações. Ela afirma que mal conseguiu falar após a agressão.
Para sobreviver, a jovem tomou uma decisão desesperada: fingiu estar morta. “Na hora em que percebi que ele achou que eu estava morta, ele perdeu as forças e, nesse momento, consegui empurrar e dar um soco na cara dele”, contou. O agressor quebrou o celular da vítima e fugiu.
Logo após o ataque, Ingrid conseguiu gravar um vídeo pedindo ajuda a um amigo. Ele, acompanhado de outras duas pessoas, correu ao encontro dela e a levou ao hospital. “Não pensei em nada, só veio a minha mãe na cabeça. Me defendi”, disse.
A Polícia Civil abriu investigação para identificar o suspeito com base no relato da vítima. O caso foi registrado na delegacia de Hortolândia como tentativa de estupro e lesão corporal. Ingrid passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), e a polícia tenta reunir imagens e testemunhas que possam ajudar a localizar o agressor.
A jovem segue em recuperação e, apesar do trauma, destacou que só está viva porque fingiu estar morta. “Se eu não tivesse feito isso, talvez não estivesse aqui”, declarou.
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