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Suspeita de racismo

Seguranças torturam casal em supermercado após suposto furto

Agressões foram registradas em Salvador (BA). Vítimas de violência afirmaram que pegaram leite para alimentar a filha

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

No país que é formado por maioria de pretos e pardos e não se resolveu com seu passado criminoso, colonial e escravista, supermercados se tornaram locais perigosos para a população preta. Isso porque mais um caso de tortura foi registrado em um estabelecimento do tipo, com um casal sendo espancado por seguranças, em Salvador (BA), na última sexta-feira (5/5). 

As vítimas teriam sido pegas pelo segurança do local por supostamente ter roubado duas embalagens de leite em pó. O casal relatou que pegaram o item para alimentar a filha. Os seguranças ainda gravaram a sessão de violência e humilhação contra o casal. Nas imagens, o agressor pergunta o nome das vítimas. A mulher é a primeira a ser violentada, com um soco no rosto. Depois, o homem é agredido. 

A crueldade foi registrada no mercado Big Bom Preço, no bairro de São Cristóvão. O local faz parte do grupo Carrefour, onde outros casos brutais e racistas foram registrados em mercados da rede. A polícia afirmou que o casal não procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.  

A Polícia Civil da Bahia afirmou que vai abrir um inquérito para investigar as agressões. Já o Carrefour afirmou que registrou um boletim de ocorrência para denunciar o caso. A empresa disse que “assim que tomamos conhecimento do caso lamentável, empenhamos de forma imediata todos os esforços para apurar o ocorrido e tomar todas as medidas cabíveis”. 

A rede disse ainda que “é possível identificar que o agressor tem uma tatuagem na mão. No avanço das nossas investigações internas, apuramos que nenhum profissional direto ou indireto que atua na unidade tem essa tatuagem”.  

O grupo, porém, desligou a equipe de segurança da loja e reincidiu o contrato com a empresa, e disse que não compactua com o crime. A empresa acrescentou que busca contato com as vítimas para pedir desculpas “pessoalmente” e “oferecer suporte psicológico, médico ou qualquer outro apoio necessário”.

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