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SBT conversa com dono do quiosque onde Moïse foi espancado no RJ

"Moïse era um menino bom, não arrumava confusão", diz o comerciante

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Moïse foi brutalmente espancado até morte em um quiosque no Rio de Janeiro | Reprodução/Facebook
Moïse foi brutalmente espancado até morte em um quiosque no Rio de Janeiro | Reprodução/Facebook

O congolês Moïse Kabambe trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Há mais de 10 dias, ele foi agredido por pelo menos três homens, após pedir o pagamento das diárias atrasadas referente aos serviços prestados, segundo a família da vítima. Câmaras de segurança registraram o momento das agressões. O jovem, de 24 anos, não resistiu à brutalidade dos atos.

O SBT conversou com exclusividade com o dono do quiosque, que não está sendo investigado e que pediu sigilo absoluto. Por isso, teve a voz alterada. Ele contou que “Moïse era um menino bom, não arrumava confusão”. O comerciante também disse que “nada justifica tirar a vida de uma pessoa.” 

Acompanhe a entrevista exclusiva:

SBT News\Reprodução

Entenda o caso

Pelo vídeo gravado no dia da morte, 24 de janeiro, é possível ver que três homens tem participação direta nas agressões ao estrangeiro: dois deles dão cerca de 30 pauladas enquanto a vítima está no chão. Um quarto, com a camisa da seleção brasileira, chega a arrastar Moïse pelas pernas, mas não aparece nas imagens golpeando o refugiado.

Até agora, três homens foram presos pelas agressões que levaram à morte do congolês. A identidade deles não foi informada oficialmente pela polícia. O dono do bar prestou depoimento na delegacia da Barra da Tijuca e afirmou que os autores do crime não trabalham no local.

Em um dos trechos do depoimento, o proprietário informou que Moïse prestava serviço esporadicamente e havia sido dispensado cinco dias antes por beber enquanto trabalhava. O empresário também afirmou que não estaria devendo nenhuma diária ao rapaz. Na saída, relevou ele e seus familiares vem recebendo ameaças.

Apesar das declarações, segundo a concessionária, dentre as irregularidades identificadas na operação estão a não comprovação da regularização dos funcionários, falta de observância das normas sanitárias e inadimplência. O processo corre na justiça desde julho de 2021.

Detentora dos direitos da concessão pública de alguns quiosques da Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste, a Orla Rio suspendeu a operação do quiosque Tropicália. Também foi suspensa a licença do alvará de funcionamento até que sejam apuradas, pelos órgãos responsáveis, as responsabilidades sobre a morte de Moïse Kabagambe.

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