Réu que matou ex-namorada em Lages será internado para tratamento psiquiátrico

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da comarca de Lages entendeu que o homem julgado nesta quinta-feira (15) praticou o crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa e feminicídio contra a ex-namorada e tentativa de homicídio qualificado pelo feminicídio contra a ex-cunhada, e o absolveu impropriamente em razão da inimputabilidade.

Em decorrência da necessidade de especial tratamento psiquiátrico, de acordo com laudos periciais de insanidade mental, o juiz sentenciante aplicou medida de segurança de internação hospitalar.

O acusado deverá ser internado em hospital de custódia para tratamento psiquiátrico ou, na falta, em outro estabelecimento adequado, por tempo indeterminado até que cesse a periculosidade, pelo período mínimo de três anos, descontado o período em que ficou segregado de forma cautelar.

Após esse prazo, a cada ano deve haver perícia médica até que o “perigo encerre”. A medida de segurança não deve ultrapassar 40 anos. A sentença é passível de recurso.

Como o crime aconteceu 

Em 2021, o homem assassinou a ex-namorada a facadas e tentar matar a irmã e a filha dela, de 6 meses. O crime aconteceu após o réu não aceitar o fim do relacionamento.

Segundo a acusação, durante o ataque em que o homem estava esfaqueando a vítima, a irmã dela interveio e entrou em confronto físico com o agressor. Durante o confronto, a irmã também foi ferida pela faca do agressor. Foi nesse momento que a ex-namorada pediu à irmã que tirasse sua filha de seis meses do local, temendo que o agressor também a atacasse.

De acordo com a denúncia, o agressor tentou agredir a bebê, mas a irmã da vítima conseguiu evitar o ataque, derrubando-o no chão. Enquanto a tia tentava remover a criança do carrinho, o agressor atingiu-a no rosto e nas costas. Ela escapou da morte porque conseguiu desarmá-lo. Posteriormente, o agressor dirigiu-se ao quintal da residência para recuperar a faca, porém percebeu a presença de familiares e vizinhos da vítima, o que o levou a fugir do local.

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