Professora é acusada de agredir criança autista em escola de SC

Uma professora do Centro de Educação Municipal Escola do Mar Flávia Scarpelli Leite, em São José, na Grande Florianópolis, está sendo acusada de agredir uma criança autista e outros alunos na unidade escolar.

Segundo a mãe, além da violência física, o filho e outras crianças eram xingados pela professora. Um boletim de ocorrência foi feito pela genitora. Por ser autista, o filho não conseguia comunicar as agressões, que foram informadas por outros pais, com base em relatos dos filhos.

Por meio de nota, a Prefeitura de São José informou que a professora foi afastada temporariamente. Leia na íntegra:

“A Prefeitura de São José informa que afastou temporariamente a professora do CEM Escola do Mar Flávia Scarpelli Leite e prestou atendimento à família do estudante. As demais famílias da turma também receberam apoio. Foi instaurada sindicância para apurar administrativamente os fatos e, se constatados, as providências cabíveis serão tomadas.”

Já a defesa da professora respondeu aos questionamentos dizendo que os ataques estão sendo propagados de forma irresponsável e distorcida nas redes sociais. Leia na íntegra:

“Diante dos ataques e ameaças covardes dirigidos à Professora de Educação Física da Escola do Mar, da rede municipal de São José/SC, os quais vêm sendo propagados de forma irresponsável e distorcida nas redes sociais, faz-se necessária a presente manifestação da defesa, a fim de elucidar os fatos.

Inicialmente, cumpre destacar que a docente atua na educação infantil há vários anos, sempre com dedicação, amor e zelo pelo trabalho, contribuindo para a formação de centenas de alunos, sem jamais ter se envolvido em qualquer situação semelhante.

Além da paixão pela profissão que escolheu — tendo ingressado na Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) por meio de aprovação em processo seletivo —, é mãe de uma menina prestes a completar 4 (quatro) anos, a quem dedica amor, cuidado e educação. Importa salientar que, em toda a sua trajetória como Professora de educação física, seja como estagiária, seja como docente da rede particular ou pública, jamais esteve envolvida em episódios de violência contra alunos ou qualquer outra pessoa. Os fatos que ora lhe são imputados de forma leviana e injuriosa não condizem com sua vida pregressa nem com sua carreira, da qual sempre teve zelo e orgulho, não admitindo que seja manchada por falsas acusações.

As alegações infundadas vêm abalando sua honra, imagem e saúde, encontrando-se, neste momento, sob acompanhamento médico. Ainda assim, a Professora não se furtará de prestar todos os esclarecimentos necessários perante as autoridades competentes. É imperioso destacar que tais ilações carecem de qualquer respaldo probatório, o que agrava o dolo daqueles que, de maneira oportunista, utilizam-se da imagem da docente e de um suposto acontecimento para promoção política, jornalística ou econômica.

Destarte, tem-se que as acusações desferidas contra a Professora afrontam princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, o contraditório e a ampla defesa, ocasionando severos e irreparáveis danos à sua honra e imagem, os quais deverão ser reparados nos termos da legislação vigente.“

Mãe denuncia agressões feitas por professora em escola

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