Presos com mais de 428 anos de condenação são transferidos do RJ para presídios federais
A transferência foi autorizada pela Justiça após parecer técnico que indicou a necessidade de isolar as lideranças criminosas
• Atualizado
Sete detentos apontados como líderes do Comando Vermelho foram transferidos, nesta terça-feira (12), de penitenciárias do Rio de Janeiro para presídios federais de segurança máxima. A operação, conduzida pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap-RJ), contou com um forte esquema de segurança e teve como meta enfraquecer a articulação interna da facção criminosa.
Os presos, considerados de alta periculosidade, somam mais de 428 anos de condenação por crimes ligados principalmente ao tráfico de drogas. A transferência foi autorizada pela Justiça após parecer técnico que indicou a necessidade de isolar as lideranças que ainda exercem influência dentro e fora das cadeias fluminenses.
Veja quem são os transferidos:
- Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”): 81 anos, 4 meses e 20 dias de condenação;
- Carlos Vinicius Lírio da Silva (“Cabeça de Sabão”): 60 anos, 4 meses e 4 dias;
- Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”): 100 anos, 10 meses e 15 dias;
- Fabrício de Melo de Jesus (“Bicinho”): 65 anos, 8 meses e 26 dias;
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”): 35 anos, 5 meses e 26 dias;
- Alexander de Jesus Carlos (“Choque”): 34 anos e 6 meses;
- Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”): 50 anos, 2 meses e 20 dias.
Segundo a Seap RJ, os criminosos estavam detidos no presídio de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, e foram levados sob forte escolta policial até o Aeroporto Internacional do Galeão, de onde seguiram em aeronave da Polícia Federal para diferentes penitenciárias federais.
“A transferência dessas lideranças criminosas reflete o nosso compromisso com o fortalecimento das políticas de segurança pública e com a adoção de medidas concretas para interromper a atuação de organizações criminosas a partir do sistema prisional”, afirmou o governador Cláudio Castro (PL).
A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, destacou que a ação integra a Operação Contenção, deflagrada em outubro e que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, durante incursões nos complexos do Alemão e da Penha.
“Nossa condução técnica garante o equilíbrio do sistema prisional e a segurança da população fluminense. Essa integração das forças de segurança é fundamental para preservar a estabilidade do sistema e reforçar a presença do Estado”, disse a secretária.
A medida, conforme a Seap RJ, faz parte da estratégia do governo do Rio de Janeiro para reduzir a influência das facções criminosas dentro dos presídios e evitar que líderes presos continuem a comandar ações violentas nas comunidades do Rio.
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*Com informações do SBT News
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