Prefeito e secretário de Ibirama são presos na 4ª fase da Operação Mensageiro
Operação apura fraudes em licitações e casos de corrupção
• Atualizado
O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo, e o secretário de Administração, Fábio Fusinato, foram presos preventivamente na 4ª fase da Operação Mensageiro em Santa Catarina, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27). A prefeitura do Município informou que os dois passarão por audiência de custódia nesta tarde, em Florianópolis.
Em nota, a Administração Municipal informou que agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizad (GAECO) estiveram nas dependências da Prefeitura coletando documentos referentes aos processos licitatórios dos serviços de coleta de lixo urbano. “Ao considerar que a investigação encontra-se em sigilo de justiça, não há mais informações a serem repassadas. O município permanece a disposição das autoridades para esclarecimentos”, diz a nota.
4ª Fase
De acordo com o MPSC, estão sendo cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão nesta quinta. As novas ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) são referentes aos municípios de Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte e Massaranduba.
A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Os mandados foram requeridos pelo Ministério Público após a análise dos depoimentos de testemunhas, dos investigados e das provas coletadas nas primeiras fases da operação. A ação também contou com importante apoio do GAECO do Ministério Público do Distrito Federal, que localizou e efetuou a prisão de um dos investigados que estava em viagem à Capital do país.
Ao todo, até agora, já foram cumpridos 196 mandados de busca e apreensão e 40 mandados de prisão preventiva. Esta 4ª fase da operação ainda corre em segredo de justiça, por determinação legal. Iniciada em dezembro de 2022, a Operação Mensageiro apura fraudes em licitações, casos de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta de lixo no Estado.
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Julgamento da Operação Mensageiro
Nesta quinta-feira (27), em Florianópolis, ocorre também uma sessão que irá decidir se os prefeitos investigados na operação viram réus. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, todos estão presos preventivamente desde início das investigações. Confira os nomes dos prefeitos detidos.
- Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
- Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
- Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
- Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
- Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
- Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages;
- Marlon Neuber (PL), de Itapoá.
A operação
Deflagrada no início de dezembro de 2022, a Operação Mensageiro visa apurar a suspeita de fraude em licitações, casos de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta de lixo em Santa Catarina. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em cerca de R$ 430 milhões. Na operação, 20 municípios estão sendo investigados, mas os mandados de busca, apreensão e prisão foram cumpridos em 30 cidades e no Distrito Federal.
Já foram cumpridos pelo menos 15 mandados de prisão preventiva, além de 108 mandados de busca e apreensão. 25 empresas e 11 pessoas físicas tiveram seus bens bloqueados. No total, são 96 investigados de órgãos públicos, empresas e residências particulares.
A operação contra fraudes na coleta de lixo foi realizada nos municípios: Joinville, Mafra, Brusque, Imbituba, Campo Alegre, Pien (PR), Lages, Pescaria Brava, Canoinhas, Laguna, Imaruí, Braço do Norte, Tubarão, Capirvari de Baixo, Agrolândia, Apiúna, Ibirama, Presidente Getúlio. Além disso, foram cumpridos mandados em Três Barras, Corupá, Itapoá, Barra Velha, Schroeder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Canoinhas e Bela Vista do Toldo.
A operação é comandada pelo GAECO (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) e pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público de Santa Catarina.
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