Prefeito de Itapoá é preso ao retornar de férias com a família
Prisão ocorre no âmbito da megaoperação “Mensageiro"
• Atualizado
Nesta sexta-feira (09), o prefeito de Itapoá, Marlon Roberto Neuber, foi preso na megaoperação “Mensageiro”, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
Procurada, a Prefeitura de Itapoá informou que não possui informações oficiais e deverá se manifestar em breve. Segundo informações preliminares, o prefeito foi preso ao retornar de uma viagem de férias à Jerusalém, com a família.
A operação foi deflagrada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na terça-feira (06). O prefeito de Pescaria Brava, Deyvison Souza (MDB), foi preso preventivamente na terça-feira (6), em Brasília, durante uma viagem oficial. De acordo com Pierre Vanderlinde, advogado do prefeito, a defesa ainda não teve acesso à investigação e Souza permanece detido em Brasília. A Prefeitura de Pescaria Brava foi procurada e até o momento não se manifestou sobre a prisão.
Operação Mensageiro:
Foram cumpridos pelo menos 15 mandados de prisão preventiva e 108 mandados de busca e apreensão nas regiões Norte, Sul, Planalto Norte, Vale do Itapocu, Vale do Itajaí, Alto Vale do Itajaí e Serra catarinenses. Também foram bloqueados bens de 25 empresas e 11 pessoas físicas. Ao todo, são 96 alvos das buscas, envolvendo órgãos públicos, residências particulares e empresas.
Os mandados de busca e apreensão em órgão públicos objetivam colher provas relacionas a contratos nos seguintes 20 municípios: Lages, Imaruí, Pescaria Brava, Braço do Norte, Tubarão, Capivari de Baixo, Agrolândia, Imbituba, Ibirama, Presidente Getúlio, Três Barras, Corupá, Itapoá, Shoereder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Canoinhas, Bela Vista do Toldo.
Os cumprimentos das ordens judiciais de busca e prisão ocorreram nas cidades de Joinville, Três Barras, Mafra, Brusque, Campo Alegre, Pien (PR), Lages, Imbituba, Pescaria Brava, Canoinhas, Laguna, Imaruí, Braço do Norte, Tubarão, Capivari de Baixo, Agrolândia, Apiúna, Ibirama, Presidente Getúlio, Corupá, Itapoá, Barra Velha, Schroeder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Bela Vista do Toldo, além do Distrito Federal.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Schroeder informou que recebeu oficiais do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e que foram solicitados documentos e informações desde o ano de 2017. “Como sempre prezou pela transparência, o Prefeito Felipe Voigt mobilizou a equipe e orientou que toda documentação solicitada seja fornecida imediatamente, a fim de contribuir com a operação, colocando-se à inteira disposição da equipe”.
A prefeitura de Corupá também informou que se colocou a disposição das autoridades e que está fornecendo toda a documentação exigida. A administração municipal de Guaramirim informou que o Prefeito Luís Antônio Chiodini mobilizou a equipe e orientou que toda documentação solicitada seja fornecida imediatamente, a fim de contribuir com a operação. Investigadores teriam solicitado documentos com data desde o ano de 2004.
Ordem judicial
As ordens judiciais foram requeridas pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e pelo GEAC do MPSC e deferidas pelo Tribunal de Justiça Santa Catarina. Participam da operação cerca de 220 Policiais Civis, Militares e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e 23 Promotores de Justiça.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Polícia Civil – as DICs (Divisões de. Investigação Criminal), a DECOR (Delegacia de combate à corrupção) e a DPCAMI (Delegacia de Proteção da Criança, do Adolescente, da Mulher é do Idoso), a Polícia Científica estão prestando apoio à operação. Houve também importante o apoio do GAECO do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no cumprimento de um dos mandados de prisão de um dos envolvidos que estava em viagem para aquela localidade.
Segundo o MPSC, A apuração corre em segredo de justiça, mas, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.
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