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'contrato de gaveta'

Polícia investiga golpe de R$ 10 mi dado em idoso ganhador da mega-sena

Principal suspeito era amigo da vítima

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil

A Polícia Civil de Viamão, no Rio Grande do Sul, investiga o caso de um idoso que ganhou R$ 10 milhões na mega-sena e alega ter perdido todo o dinheiro após ser vítima de um golpe por parte de seu ex-sócio. A situação aconteceu em 2018, mas a vítima registrou boletim de ocorrência apenas no final do ano passado, quando afirma ter descoberto que não era mais sócio da empresa.

“O principal suspeito era amigo da vítima, então havia uma relação de muita confiança. A vítima comprou uma empresa e colocou no nome dos dois, que se tornaram sócios”, conta a delegada responsável pelo caso, Marcela Brito. “A vítima tem 70 anos, ele era uma pessoa humilde, sem conhecimento de administração de empresas, enquanto o suspeito tem 37 anos, e tomou a frente do negócio”.

“O contrato era um ‘contrato de gaveta’, não foi levado a registro na junta comercial, e posteriormente o suspeito alterou o contrato e colocou a empresa no nome dele e de sua esposa da época, e então levou para registro”, diz Brito. Atualmente, o suspeito é o único sócio da empresa, após – ainda segundo a polícia – ter falsificado a assinatura da ex-esposa e transferindo as cotas dela para o nome dele.

Além do ex-sócio e sua ex-esposa, a polícia suspeita que também estão envolvidos o contador e a atual mulher do dono da empresa. Os quatro são investigados por associação criminosa, apropriação indébita de bem de idoso, falsificação de documento público e estelionato contra a administração pública por conta de um contrato de prestação de serviços da empresa com a prefeitura de Viamão. “Acreditamos que a prefeitura não tenha conhecimento da invalidade da constituição dessa empresa”, explica a delegada.

A vítima alega à polícia, ainda, que o suspeito tinha retinha seus documentos e tinha as senhas de seus cartões e contas bancárias, tendo se apropriado de todo o valor que possuía para além do que foi investido na empresa. O idoso afirma, também aos policiais, que precisava pedir dinheiro para o ex-sócio, e que o suspeito dizia que pagaria um salário da empresa comprada pela vítima, mas que os pagamentos não foram cumpridos.

Segunda a polícia, o suspeito comprou mais duas empresas, que estão no nome de sua atual esposa. A investigação solicitou quebra de sigilo bancário e procura descobrir se essas empresas foram adquiridas com o dinheiro do idoso.

A operação foi deflagrada no dia 7 de abril deste ano, quando a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa e na residência dos investigados. O ex-sócio foi preso devido ao porte ilegal de arma de fogo.

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