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Polícia investiga cirurgião por abuso sexual no Rio Grande do Sul

A defesa do cirurgião diz que ele é inocente nas acusações de crimes sexuais e que os inquéritos sequer foram remetidos ao Ministério Público

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Reprodução/SBT News/Polícia Civil
Foto: Reprodução/SBT News/Polícia Civil

O cirurgião plástico gaúcho Klaus Brodbeck é investigado por supostos abusos sexuais de pacientes mulheres. A polícia recebeu pelo menos 12 denúncias e fez, nesta terça-feira (13), buscas na casa e no consultório do profissional, que ficam num bairro nobre de Porto Alegre. Aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Em depoimento no fim da manhã, o médico negou as acusações e foi liberado. Ele tem permissão de seguir atuando, mas não pode se aproximar das vítimas identificadas pela investigação.

Segundo a delegada Jeiselaure de Souza, o médico alega que todo o contexto das consultas ocorre dentro do esperado. O cirurgião disse à polícia que as relações sexuais que ele teve com pacientes foram consentidas. Ele também é investigado pelas suspeitas de gravar os crimes, oferecer descontos em troca de sexo e, ainda, por estuprar uma mulher sedada durante um procedimento. O material genético da vítima será confrontado com o do cirurgião.

“Quando ela acordou da sedação, notou que estava sem a calcinha oferecida pelo hospital e que tinha na urina uma secreção diferente. Ela foi encaminhada para um laudo de verificação sexual e foi constatada a presença de esperma”, disse a delegada.

Uma das vítimas procurou a clínica para melhorar os glúteos. Ela sabia que o cirurgião era famoso nas redes sociais. Durante a consulta, a influenciadora digital diz que teria sido tocada de forma nada profissional por ele. Ela saiu de lá e registrou ocorrência na delegacia. “Teve um momento [em] que ele tentou levantar minha blusa, só que eu estava usando um top de amarrar e quando ele foi levantar, ele não conseguiu, porque estava fechado”, relatou a paciente.

O cirurgião ainda é alvo de uma série de ações judiciais por erros médicos. Só no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul foram abertos 23 processos contra ele nos últimos anos. O Cremers informou que essa nova investigação foi encaminhada à corregedoria da entidade.

O médico também é conhecido por aplicar uma substância usada para preenchimentos estéticos que, apesar de ter registro da Anvisa, não é recomendada pela Sociedade de Cirurgia Plástica. A modelo Sabrina Ferreira afirma ter aplicado o PMMA, sigla de polimetilmetacrilato, nos glúteos. Assim que saiu do consultório, percebeu um caroço na perna esquerda. “Eu entrei em depressão. Fiquei seis meses fazendo tratamento. Eu não saía de casa para absolutamente nada. Eu só ficava na cama dormindo, porque ficou um caroço gigante”, disse. O problema ainda não foi resolvido.

Uma outra mulher que prefere não se identificar teria sofrido um abuso há 13 anos, ao fazer uma cirurgia no nariz. Ela relata que teve as partes íntimas acariciadas pelo médico. Com medo e vergonha, só conseguiu romper o silêncio agora, que outros casos vieram à tona. “Eu não tive coragem de reagir. Fiquei com medo, fiquei com vergonha. Me senti extremamente humilhada, abusada e depois o sentimento que eu tive foi de culpa por não ter reagido”, disse à reportagem.

A defesa do médico garante que ele é inocente das acusações de crimes sexuais e que os inquéritos sequer foram remetidos ao Ministério Público. Sobre os erros médicos, o advogado Gustavo Nagelstein afirmou que a maioria dos casos já foi resolvida na esfera administrativa.


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