Polícia de SC desarticula quadrilha que aplicava golpe em todo o Brasil
O grupo se passava por funcionários de instituições financeiras para enganar clientes
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A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) deflagrou, nesta segunda-feira (14), a operação “Central Fantasma”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central de banco em todo o Brasil. A ação foi coordenada pela Delegacia de Combate a Estelionatos do Departamento de Investigações Criminais da Capital (DCE/DIC) e contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo.
De acordo com as investigações, o grupo se passava por funcionários de instituições financeiras para enganar clientes, utilizando táticas que davam aparência de legitimidade às ligações. As vítimas eram induzidas a acreditar que suas contas estavam sob fraude e, sob orientação dos golpistas, acabavam fornecendo senhas, instalando aplicativos de acesso remoto ou realizando transferências para contas controladas pelos criminosos.
A PCSC informou que foram expedidos 11 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão, cumpridos nas cidades de São Paulo, Guarulhos e Bertioga. Até o momento, quatro suspeitos foram localizados.
Investigações
As investigações começaram em julho de 2024, após uma moradora de Florianópolis ter prejuízo de cerca de R$ 100 mil. A partir do caso, a Polícia Civil identificou outros integrantes da quadrilha, todos residentes em São Paulo, que aplicavam o mesmo golpe em diferentes estados do país.
Conforme a PCSC, os levantamentos financeiros indicam que a organização movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos, utilizando empresas de fachada para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores. O dinheiro obtido com as fraudes era convertido em veículos, imóveis e artigos de luxo, como joias, relógios e roupas de grife. A estimativa é de que o grupo tenha feito mais de 200 vítimas em todo o Brasil.
Durante o cumprimento dos mandados, foram bloqueados judicialmente até R$ 14 milhões por investigado, além da indisponibilidade de imóveis, sequestro de veículos e apreensão de bens de alto valor. A operação também resultou na apreensão de cerca de R$ 80 mil em espécie e de um veículo Honda HR-V.
Segundo a PCSC, os celulares apreendidos dos investigados serão periciados e devem subsidiar a continuidade das investigações, que agora buscam identificar novos envolvidos e possíveis ramificações do esquema.
Os suspeitos responderão por fraude eletrônica (art. 171, §2º-A, do Código Penal), associação criminosa (art. 288) e lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98).
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