Polícia apura possível relação entre preso e autor das explosões; veja quem
Hacker foi preso por e-mails com ameaças em 2022
• Atualizado
A Polícia Civil apura se um hacker preso hoje em Jundiaí, em São Paulo, suspeito de ter ameaçado por email bombardear o Supremo Tribunal Federal (STF), era ligado ao autor de explosões morto na noite desta quarta-feira (13) em Brasília.
O hacker foi preso em Jundiaí por e-mails com ameaças em 2022. A Polícia Civil gaúcha agora investiga se o homem de 36 anos tinha ligações com o catarinense Francisco Wanderley Luiz.
Conforme o UOL, ele teria exigido pagamento de R$ 450 mil para não explodir STF, Congresso e Masp. A Polícia Civil gaúcha não soube dizer quando a ameaça foi feita, mas afirmou que ela foi remetida a vários parlamentares.
Policiais apreenderam celulares, computadores, discos rígidos externos e pen drives. O material que estava com o hacker será analisado para verificar se há relação com Francisco Wanderley, autor das explosões, os acampamentos golpistas de 2022 ou os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Homem preso também é suspeito de enviar ameaças de morte a deputados estaduais do RS. Uma dessas ameaças, ocorrida em outubro deste ano, deu início à investigação. A partir daí, agentes encontraram várias mensagens que mostravam a atuação criminosa contra outras pessoas e instituições.
“Nós temos indicativos de que ele fazia parte de grupos extremistas, assim como foi apontado em relação a esse indivíduo que tirou a vida ontem no STF [Wanderley]. Então, vamos verificar se eles participaram dos mesmos grupos, se se conheciam, se tinham relação”, disse Vanessa Pitrez, delegada da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
Como foram emails com ameaças
Em 17 de dezembro de 2022, hacker teria enviado email em que dizia não concordar com resultado das eleições. Na ocasião, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia vencido a disputa pela presidência com o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Esquerdistas, negros, índios e homossexuais estariam tendo ‘voz’. De acordo com a a delegada Vanessa Pitrez, o hacker usava “aqueles discursos de ódio que comumente são proferidos. Falava só na esquerda”.
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