PF faz operação contra responsáveis pelo maior desmatamento já registrado na Amazônia
Duas pessoas foram presas por posse ilegal de arma de fogo
• Atualizado
Uma operação da Polícia Federal, no Pará e no Mato Grosso, teve como alvo uma organização responsável pelo maior desmatamento já registrado na Amazônia.
A operação começou nas primeiras horas do dia. Um dos alvos foi o delegado Jardel Guimarães, superintendente regional da Polícia Civil nas regiões do médio e baixo Amazonas, no Pará. Os agentes estiveram em um imóvel de luxo ligado a ele, em Santarém, no oeste do estado. Até ano passado, Jardel era chefe da delegacia estadual de meio ambiente. A participação dele no esquema investigado não foi revelada.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em endereços ligados a engenheiros, empresários, servidores públicos, uma família de agropecuaristas e uma advogada. Segundo as investigações, a mulher teria acesso a autuações ambientais, prestava assessoria a grandes desmatadores e pagava propina aos servidores para que não denunciassem a derrubada ilegal da floresta.
“Esses servidores tinham como função justamente combater esses desmatamentos e acabaram também sendo alvo de busca e apreensão e afastados das suas funções na data de hoje”, afirma o delegado Manoel Gomes da Silva Neto.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo é suspeito de grilar 22 mil hectares de terras públicas, a maior parte nas regiões dos municípios de Novo Progresso e Altamira. A área desmatada foi usada para criação de gado. Escritórios de regularização fundiária ajudavam a fraudar os cadastros ambientais.
Duas pessoas foram presas por posse ilegal de arma de fogo. Veículos, celulares e documentos foram apreendidos.
Por telefone, o delegado Jardel Guimarães se defendeu: “tenho plena convicção de que a justiça vai ser feita e tudo vai ser esclarecido”.
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