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lar desestruturado

Padrasto é condenado a 37 anos de prisão por abusar de enteada de nove anos em SC

Após vários meses sofrendo abusos, a criança foi a pé até a casa da prima em um bairro distante para pedir ajuda

• Atualizado

Nycoli Ludwig

Por Nycoli Ludwig

Imagem Ilustrativa/Reprodução
Imagem Ilustrativa/Reprodução

Entre os meses de janeiro e outubro de 2020, uma criança de nove anos teve a vida e o psicológico abalados devido a violências sexuais sofridas dentro de casa, no município de Fraiburgo.

Quatro anos depois, o padrasto foi condenado a 37 anos e seis meses de prisão por abusar da enteada. No entanto, ele poderá recorrer da sentença em liberdade.

Como aconteciam os estupros

Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os crimes ocorreram durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19, momento em que as aulas escolares estavam suspensas e a menina passava o dia todo em casa.

O padrasto se aproveitava da situação e obrigava a criança a satisfazer os desejos sem poder contar nada a ninguém.

De acordo com as denúncias, o homem usava o poder e o medo para silenciar a vítima nos momentos em que ficava sozinho com ela, esfregando as partes íntimas e fazendo ameaças.

Por não aguentar mais os abusos, em um domingo, a menina fugiu a pé para a casa de uma prima, em um bairro distante, e contou o que vinha sofrendo.

Investigação e condenação

No mesmo dia, a Polícia Militar (PM) e a conselheira tutelar de plantão foram acionados, e se encaminharam até a casa da criança para conversar com a mãe.

Segundo o MPSC, as autoridades encontraram um lar desestruturado, com outras crianças vivendo sob total ausência de carinho e afeto.

O abusador conseguiu fugir antes da chegada da Polícia, mas acabou denunciado pela Promotoria de Justiça criminal da comarca e localizado.

Na última semana, o homem teve a sentença condenatória, definida em mais de 37 anos, pelo crime de estupro de vulnerável. O criminoso poderá recorrer em liberdade até que a sentença transite em julgado.

A Promotora de Justiça Andréia Tonin espera que um eventual recurso seja negado e o réu cumpra a pena em regime fechado.

“Esse crime atinge de forma devastadora a vida da vítima, comprometendo seu desenvolvimento físico, emocional e psicológico, muitas vezes de maneira irreversível. Além disso, a impunidade encoraja a perpetuação dessa violência, mas, quando a Justiça atua de forma rigorosa, enviamos uma mensagem clara de que a sociedade não tolera o abuso e a exploração de crianças e adolescentes”, afirma

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