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Importação ilegal

Organização criminosa que movimentou mais de R$700 milhões é desarticulada em SC

Organização criminosa importava eletrônicos e celulares de forma ilegal. 53 mandados de busca apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Polícia Federal e Receita Federal/ Divulgação
Foto: Polícia Federal e Receita Federal/ Divulgação

Uma organização criminosa responsável por importação ilegal de eletrônicos e celulares de origem estrangeira foi desarticulada por um trabalho conjunto da Polícia Federal e da Receita Federal nesta quinta-feira (06). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Joinville (SC), Curitiba (PR), Londrina (PR), São Paulo (SP), Tupã (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

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Como era o funcionamento da organização criminosa desarticulada

O esquema principal funcionava com produtos trazidos da China e dos Estados Unidos até o Paraguai, onde entravam ilegalmente pelas fronteiras brasileiras. As mercadorias eram distribuídas para clientes no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal em comércios populares e lojas de produtos eletrônicos. Segundo a Receita Federal, o pagamento dos fornecedores era feito por meio de empresas criadas no exterior controladas pelos administradores com utilização de criptomoedas com recursos ilegais.

Conforme a investigação, apenas uma das empresas, feita em nome de uma funcionária, foram movimentados aproximadamente R$ 700 milhões sem o correspondente faturamento declarado.

A empresa criada no Brasil para o envio desses recursos ao exterior chegou a movimentar 348 milhões de reais em contas bancárias sem qualquer declaração de faturamento na Receita Federal. Para dissimular a movimentação desses recursos ilícitos, o grupo utilizava diversas empresas de fachada e pessoas físicas como “laranjas”. Entre as contas bancárias em nome de pessoas físicas, algumas delas eram em nome de mototaxistas e motoristas de aplicativo, que chegaram a movimentar R$ 60 milhões nos últimos anos.

A investigação aponta que o patrimônio declarado pelo líder da organização passou de R$ 0 para R$ 236 milhões em menos de 4 anos. Parte do valor, R$ 60 milhões, eram apartamentos de luxo em Balneário Camboriú. Para mascarar os valores, o investigado informava recebimento de lucros de empresas com suspeita de possuírem faturamento falso declarado.

Agentes públicos ativos e inativos atuavam em conjunto com a rede de colaboradores na atividade criminosa.

Operação “Anemia”: atividades da organização criminosa

Batizada de “Anemia”, a operação da Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, encontrou indícios de práticas e atividades ilícitas e lavagem de dinheiro. Nas contas bancárias relacionadas aos investigados, foram encontrados valores vindos de pessoas com registros de antecedentes criminais em contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro.

Entre os financiadores estão servidores públicos, que investem recursos e depois dividem os lucros das atividades criminosas, e por meio de contadores e operadores financeiros agem para dar transparência lícita e fluxo financeiro aos negócios realizados.

Receita Federal e PF realizam operação contra contrabando e lavagem de dinheiro.
Apenas uma das empresas do grupo movimentou mais de R$ 700 milhões ilegalmente.

A Receita Federal e a Polícia Federal desencadearam hoje (06/06) a operação Anemia. A investigação visa desmantelar organização criminosa responsável por importação ilegal de mercadorias de origem estrangeira sem obediência aos devidos procedimentos legais, que estaria atuando juntamente com uma rede de colaboradores de agentes públicos ativos e inativos para consecução da atividade criminosa.

Por decisão judicial, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos investigados para comprovação e coleta de novas provas para os crimes. A operação contou com a participação de aproximadamente 34 auditores-fiscais da Receita Federal e 220 policiais federais que cumpriram, ao todo, 53 mandados de Busca e Apreensão e 7 de prisão preventiva. Os mandados foram cumpridos em cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

As ordens judiciais expedidas pela 9ª Vara Federal de Curitiba preveem o sequestro, bloqueio e apreensão de bens, imóveis, veículos, dinheiro em espécie, obras de arte, joias, criptoativos e outros itens de luxo ou de alto valor encontrados.

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