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Organização criminosa liderada por falso coach é acusada de mais de 500 crimes em SC

Os envolvidos passam a ser réus em mais uma ação penal

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: divulgação/MPSC.
Foto: divulgação/MPSC.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, integrantes de uma suposta organização criminosa envolvendo profissionais da área da saúde teriam praticado a venda, entrega e consumo de anabolizantes, hormônios e produtos fitoterápicos de forma irregular. O grupo foi novamente denunciado e o caso ocorreu em Joinville.

Essa denúncia faz parte da Operação Venefica deflagrada em 15 de agosto. A acusação foi protocolada em 5 de outubro e já foi recebida pela Justiça. Agora, os envolvidos passam a ser réus em mais uma ação penal.

O crime

A organização criminosa responde por comércio irregular de medicamentos, venda de produtos adulterados, impróprios ou sem respeito às normas sanitárias, além de falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina, entre os 500 relatados na ação penal.

Ao todo, foram 22 pessoas denunciadas pela suspeita de integrar um esquema liderado por um coach de emagrecimento que vendia, até remédio controlado, aos pacientes sem receita médica ou informações adequadas sobre a real composição.

“Oito dos denunciados estão presos preventivamente no complexo penitenciário de Joinville e quatro estão em prisão domiciliar. Todas as prisões estão relacionadas a uma denúncia de organização criminosa oferecida no mês de setembro.”  

MPSC.

Como o grupo atuava?

Médicos, farmacêuticas, nutricionistas, biomédicos e fisioterapeutas, além de outros integrantes da equipe administrativa da clínica, teriam cooperado para a prática dos crimes.

Os nutricionistas estariam vendendo e entregando medicamentos controlados com receitas falsas ou até sem receita. As biomédicas e farmacêuticas também estariam responsáveis pela parte da entrega e do consumo desses produtos, aplicando injetáveis como anabolizantes e hormônios dentro da clínica. Já os médicos teriam a função de assinar receitas que eram elaboradas pelos demais que trabalhavam lá.

A equipe administrativa participava na busca por medicamentos nas farmácias de Joinville, Itajaí e Balneário Camboriú. 

“Além das receitas que eram utilizadas para justificar as vendas dos manipulados aos pacientes, eram elaboradas receitas e assinadas pelos médicos com o objetivo de adquirir anabolizantes e outros medicamentos para manter um estoque da clínica. Isso oportunizava que o paciente, logo após ser atendido pelos nutricionistas e pelo coach, iniciasse o suposto tratamento de forma imediata com a aplicação injetável desses anabolizantes ali na clínica”, detalhou a Promotora de Justiça, Elaine Rita Auerbach.

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