Operação prende líderes de facção criminosa em Joinville
Homicídios ocorreram em 2024
• Atualizado

Líderes de facção criminosa foram presos na manhã da última terça-feira (5) em Joinville, no Norte de Santa Catarina durante a operação “Quadro Geral”, realizada pela Polícia Civil (PCSC). A ação visa desarticular lideranças de uma organização criminosa atuante na cidade, que planejam e autorizam execuções dos crimes.
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De acordo com a PCSC, os acusados são suspeitos de estarem envolvidos em uma série de homicídios registrados na cidade ao longo de 2024, com 14 execuções identificadas como sendo autorizadas pelos investigados. Os investigados também responderão por delitos conexos, como integrar organização criminosa armada.
Além da ação realizada durante a manhã, a operação resultou em prisões em flagrante. Dois suspeitos foram detidos por embaraçar a investigação policial ao destruir vestígios, crime que pode prejudicar o andamento das apurações. Outro suspeito foi preso por tráfico de drogas. Ao todo, 12 pessoas foram presas.
Estrutura do “Quadro Geral”
O Quadro Geral é um colegiado de alta influência e controle que possui funções específicas para o funcionamento do crime organizado. Entre as atribuições estão a arrecadação de valores, conheciada como dízimo, gestão de bens e patrimônio, articulação, relatórios e aplicação de punições.
Segundo a PCSC, destaca-se o cargo de “Geral da Cidade”, ocupado pelo investigado que estava há mais de 10 anos a frente do conselho.
O cargo abrange desde a administração rotineira da facção até a deliberação de sanções severas, chamadas “disciplinas”. Essas punições podem ser aplicadas a membros, rivais ou até mesmo a indivíduos sem envolvimento com o crime que desrespeitem as regras da organização.
Além de suas funções, alguns alvo da operação atuavam como “representantes de ministérios”, cargo de confiança dentro da facção, com acesso direto aos dirigentes e fundadores.
“A posição evidencia o grau de influência e a periculosidade dos presos desta manhã, funcionando como peças-chave na estrutura do crime organizado”, diz a PCSC.
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