Operação no Oeste de SC apreende arsenal de armas de fogo
A busca ainda revelou a existência de R$ 125 mil; duas pessoas foram presas
• Atualizado
Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia da Comarca de Modelo, deflagrou uma operação com o objetivo de cumprir dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Bom Jesus do Oeste e Serra Alta. Duas pessoas foram presas e um arsenal das forças armadas foi apreendido. A ação faz parte da operação “Difron Segura” da Polícia Civil catarinense.
Durante as buscas, além dos dois homens presos, em Serra Alta, foram apreendidas 11 armas de fogo, dentre as quais três revólveres (dois .357 Magnum e um calibre .454 Casull), três pistolas (uma 9 mm Luger modificada e com equipamento de mira holográfica, uma Glock calibre 10 mm e uma calibre .45 ACP), uma carabina/fuzil 5.56 NATO, um fuzil de precisão calibre .308 Winchester com luneta de longo alcance, duas espingardas calibre 12 Gauge, uma carabina 22 LR, bem como acessórios como lunetas, mira holográfica, carregadores, centenas de munições, vários quilos de insumos, apetrechos, supressor de ruídos e máquinas de recarga.
A busca em Serra Alta ainda revelou a existência de R$ 125 mil em dinheiro, em espécie de origem não esclarecida, possivelmente relacionada aos crimes em investigação. Realizada pela unidade da Polícia Civil de Bom Jesus do Oeste, a investigação revelou um esquema de fabricação de armas de fogo e comércio irregular de munições recarregadas, parte das quais estavam sendo utilizadas em atividades de caça de animais silvestres na região.
Segundo apurado, uma tornearia mecânica localizada em Bom Jesus do Oeste, estava sendo empregada como local de fabricação e montagem de armas de fogo artesanais. Neste local, no mês de fevereiro, a Polícia Civil já havia realizado busca e apreensão e encontrado diversos apetrechos, acessórios de armas de fogo, partes de armas de fogo e até mesmo uma espingarda calibre 12 Gauge “artesanal” já quase completamente montada.
Na quinta-feira (10), um torneiro mecânico suspeito investigado foi preso preventivamente. A investigação demonstrou que o segundo suspeito, que é CAC (caçador, atirador e colecionador) com registro no SIGMA, agia como uma espécie de mentor da associação, valendo-se de seu conhecimento sobre armas de fogo e facilidade na aquisição de peças, apetrechos e insumos para a fabricação, montagem e recarga de munições em desacordo com autorização legal. Apesar da condição de CAC, não é permitida a recarga para comercialização pelos atiradores fora de clubes, conduta que pode configurar crime de comércio ilegal de munições.
O trabalho policial também conseguiu demonstrar que este investigado cedeu por diversas vezes as armas de fogo de seu acervo para pessoas que não possuem autorização legal para possuir ou portar armas de fogo. A ação contou com o apoio de policiais civis de Maravilha e Pinhalzinho. Os presos foram encaminhados à unidade prisional de Maravilha.
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