Operação mira advogados envolvidos com facções criminosas em SC
A ação é um desdobramento da Operação "Sob Encomenda", iniciada em agosto de 2021
• Atualizado
Advogados foram alvo da operação “Sob Encomenda”, na manhã desta terça-feira (3). A ação tem o objetivo de investigar crimes previstos na Lei de Organizações Criminosas, praticados por advogados e faccionados reclusos no sistema prisional de Santa Catarina.
No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Garantias da Comarca de Joinville, no Norte de Santa Catarina.
Conforme a decisão judicial, duas advogadas foram proibidas de ingressar no sistema prisional catarinense, incluindo contato com presos via parlatório virtual.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), 11 pessoas estão sendo investigadas nessa fase da operação, sendo três delas advogados atuantes em Joinville.
Detentos também são alvos da operação
Além de investigados em liberdade, detentos do Sistema Prisional do estado foram alvos de buscas, distribuídos na Penitenciária Industrial de Joinville, Presídio Regional de Joinville e Presídio de São Francisco do Sul.
A operação é conduzida pela 13 Promotoria de Justiça de Joinville, com o apoio do Grupo Estadual de Apoio ao Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC) e Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). Além disso, conta com o apoio do Departamento de Polícia Penal da Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social de Santa Catarina.
Operação iniciou em 2021; entenda
A ação é um desdobramento da Operação “Sob Encomenda”, iniciada em agosto de 2021, com o objetivo de encerrar a prática de sintonia entre advogados e faccionados internos do Sistema Prisional em prol da facção PGC e a entrada de aparelhos celulares, drogas e outros objetos ilícitos nos estabelecimentos prisionais.
Em 2024, além da operação desta terça, outras três fases foram deflagradas. A 2ª fase ocorreu em fevereiro, quando foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão. Já na 3ª fase, realizada em abril, foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão. Em junho aconteceu a vez da 4ª fase, quando foram 21 mandados de busca e apreensão e 2 de prisão.
Estagiária sob supervisão de Rubens Felipe.
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