Operação da PF mira suspeitos de ataque hacker contra deputados que apoiaram PL Antiaborto
Projeto de lei que equipara interrupção da gestação após 22ª semana ao crime de homicídio não avançou na Câmara por causa da forte repercussão negativa
• Atualizado
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (2) a operação Intolerans, mirando suspeitos de ataque hacker contra deputados que declararam apoio ao projeto de lei (PL) 1904/2024, conhecido como PL Antiaborto. Proposta que equipara interrupção da gestação após 22ª semana ao crime de homicídio, incluindo vítimas de estupro, não avançou na Câmara por causa da forte repercussão negativa nas ruas e nas redes sociais.
Segundo a PF, força-tarefa de hoje serviu para “reprimir e esclarecer” ataques cibernéticos do tipo negação de serviço (DDoS), que tenta sobrecarregar um servidor ou site para torná-lo inutilizável.
Agentes federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos em Curitiba (PR) e São Paulo (SP), “com apoio de parceiros estrangeiros por meio de cooperação jurídica internacional”.
Investigação identificou que diversas páginas de parlamentares foram alvos de uma ofensiva coordenada, “resultando em instabilidade e períodos de indisponibilidade, afetando a comunicação institucional e a atuação legislativa”. A PF não divulgou nomes de congressistas que tiveram sites atacados por hackers.
O PL Antiaborto, de autoria de diversos deputados e deputadas, segue parado desde agosto do ano passado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF), onde tinha previsão de ser debatido em audiência pública.
O projeto prevê punição de 6 a 20 anos de reclusão em casos de aborto realizados após 22 semanas de gestação, incluindo gravidez resultante de estupro. Pena é a mesma para homicídio simples.
*Com informações do SBT News.
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