Operação ‘Cartão Vermelho’ mira fraudes em falsas peneiras de futebol
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em investigação com o objetivo de combater fraudes eletrônicas divulgadas em sites por todo o país relacionadas à divulgação de falsas peneiras de futebol
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O Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco), em apoio à 9ª Promotoria de Justiça de São José, deflagrou na manhã desta quinta-feira (18), a operação “Cartão Vermelho” para combater fraudes eletrônicas ligadas à divulgação de falsas peneiras de futebol em diferentes estados brasileiros.
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Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de São José, em endereços localizados em São Paulo e Minas Gerais. Os investigados são apontados como responsáveis por criar sites falsos, prometendo seletivas de futebol em estádios de grandes capitais. Para participar, jovens e adolescentes pagavam taxas de inscrição, mas os eventos jamais aconteciam.
As investigações tiveram início após denúncias de vítimas que relataram o golpe. De acordo com o Ministério Público, os criminosos anunciavam que ex-jogadores da Seleção Brasileira, atletas de clubes estaduais, empresários e olheiros de times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro participariam das peneiras. Para dar mais credibilidade, o grupo usava de forma destacada o nome e a logomarca da Federação Catarinense de Futebol (FCF), sem qualquer autorização.
Segundo o levantamento, ao menos oito sites semelhantes já haviam sido identificados em estados como São Paulo, Tocantins, Piauí, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas, Sergipe e Acre. Além da FCF, outras nove federações estaduais também foram alvos da fraude. Em nota oficial publicada em seu site, a Federação Catarinense de Futebol esclareceu que não organiza nenhuma peneira desse tipo.
“Cartão vermelho” contra crimes virtuais
O nome da operação faz referência à punição no futebol para jogadas desleais. Assim como o cartão vermelho afasta atletas que cometem infrações graves, a ação busca reprimir práticas criminosas que exploram o sonho de jovens em busca de oportunidades no esporte.
A deflagração contou com o apoio dos Ministérios Públicos de Minas Gerais e São Paulo, além da Polícia Civil paulista. Os investigados podem responder por estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
As investigações seguem em sigilo, e novas informações devem ser divulgadas à medida que os autos forem liberados pela Justiça.
CyberGaeco e GAECO
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) é uma força-tarefa conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina, em parceria com a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar.
Já o CyberGaeco atua de forma especializada em crimes virtuais, com foco na identificação, prevenção e repressão de delitos cometidos no ambiente digital.
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