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Desaparecimento forjado

O que se sabe sobre o assassinato de família em fazenda de Jaboticabal

Investigação sobre a morte da família levou à descoberta de um quinto corpo

• Atualizado

Redação

Por Redação

O que se sabe sobre o assassinato de família em fazenda de Jaboticabal – Imagem: reprodução
O que se sabe sobre o assassinato de família em fazenda de Jaboticabal – Imagem: reprodução

O caseiro Milton Gonçalves Filho, de 48 anos, fingiu por pelo menos cinco dias não saber o paradeiro da companheira e dos três enteados depois de matá-los. Mesmo após os crimes, ele chegou a dizer à família que Sabrina de Almeida Lima, de 27 anos, e as crianças haviam desaparecido. Milton e o filho dele, Leonardo Gonçalves, de 21 anos, confessaram os assassinatos e estão presos preventivamente.

Sabrina e os filhos Eduardo Felipe Lima dos Santos, de 10 anos, Victor Hugo Lima dos Santos, de 8, e Luiz Henrique Lima dos Santos, de 6, foram assassinados na noite de 18 de dezembro, dentro da casa onde viviam, em uma fazenda a cerca de cinco quilômetros de Jaboticabal, no interior de São Paulo. As vítimas foram mortas com golpes de facão e marreta.

Após os assassinatos, Milton sustentou a versão de que Sabrina havia saído de casa com os filhos para usar drogas. Como a mulher não tinha celular, os contatos com familiares eram feitos pelo telefone do próprio suspeito. Por causa dessa versão, o caso foi inicialmente registrado como desaparecimento. O boletim de ocorrência foi feito no dia 20 de dezembro, e as buscas começaram no dia seguinte.

Familiares estranharam o comportamento do suspeito desde o início. O tio de Sabrina, Anderson Braz de Almeida, afirmou que Milton não demonstrou preocupação em procurar a mulher. “Ele não perguntou se ela estava na casa de ninguém. Já chegou dizendo que ela tinha sumido”, relatou.

Quem são as vítimas

As vítimas são Sabrina de Almeida Lima, de 27 anos, e os filhos Eduardo Felipe, Victor Hugo e Luiz Henrique, de 10, 8 e 6 anos. Segundo familiares, Sabrina havia sido usuária de drogas no passado, mas estava em recuperação havia quase um ano. A mãe dela, Joviniana Braz de Almeida, contestou a versão apresentada por Milton à polícia.

“Ela estava limpa há mais de dez meses. Todo dia 9 ela comemorava mais um mês sem droga. Ela usou no passado, mas naquele momento não usava mais”, afirmou.

Quem são os suspeitos

Os suspeitos são Milton Gonçalves Filho, de 48 anos, e o filho dele, Leonardo Gonçalves, de 21. Eles confessaram os assassinatos no dia 23 de dezembro, cinco dias após o crime.

No mesmo dia, os dois foram presos e tiveram a prisão convertida em preventiva no dia seguinte. Por segurança, o local onde estão detidos não foi divulgado. Eles devem responder por feminicídio, homicídio, destruição, subtração e ocultação de cadáver.

Além das mortes de Sabrina e das crianças, pai e filho também confessaram o assassinato de Jéssica Rizzo, de 33 anos, ex-companheira de Milton, desaparecida desde agosto do ano passado.

Como os assassinatos aconteceram

Em depoimento à polícia, Leonardo afirmou que matou Sabrina após presenciar uma discussão entre ela e o pai, na noite de 18 de dezembro. Segundo o relato, Sabrina teria partido para cima de Milton, e Leonardo, para defender o pai, pegou um facão e golpeou a mulher na cabeça.

Ainda de acordo com os depoimentos, o menino Victor Hugo correu para proteger a mãe e foi atingido por Milton com uma marreta. Os outros dois irmãos, de 10 e 6 anos, também foram mortos com golpes da mesma ferramenta.

Depois do crime, os corpos foram levados para uma área de mata próxima à fazenda. Antes disso, Milton desligou a chave geral da casa para evitar que as câmeras de segurança registrassem a saída. Os corpos foram enrolados em sacos de alumínio usados para silagem e enterrados em valas cavadas pelos próprios suspeitos.

Durante as investigações sobre o suposto desaparecimento, policiais passaram a observar contradições no comportamento de Milton. Com o avanço das diligências, ele acabou confessando os crimes.

“Com os elementos que possuíamos, ele acabou confessando”, afirmou o delegado Oswaldo José da Silva. Leonardo também confessou participação e foi preso.

Comoção e pedidos de justiça

Na quarta-feira (24), durante o velório das vítimas, familiares e amigos pediram justiça. “Essa é uma marca que nunca esqueceremos na nossa vida. Não existe mais Natal pra gente, não existe mais Ano Novo pra gente. É justiça, justiça”, disse o tio de Sabrina.

*Com informações de Bacci Notícias.

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