O que se sabe do caso da mãe que decapitou filho de seis anos
O crime ocorreu em João Pessoa, na Paraíba
• Atualizado
Um crime monstruoso chocou o Brasil na última sexta-feira (20). Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, foi presa em flagrante após decapitar o filho Miguel Ryan Mendes Alves, de apenas seis anos. O caso ocorreu em João Pessoa, na Paraíba.
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Miguel foi encontrado morto pela polícia, sem cabeça e estirado no chão da cozinha do apartamento da mãe. “Uma cena bastante horrorosa”, afirmou um dos policiais militares que atendeu à ocorrência.
Horas antes do crime
Maria Rosália morava sozinha em um prédio do bairro Mangabeira, zona sul de João Pessoa. O filho vivia com os avós, pais dela. A criança costumava passar alguns dias da semana com a mãe.
Na quinta-feira (19), Miguel estava visitando a mãe, e por volta das 20h os vizinhos do prédio começaram a ouvir gritos dentro do apartamento.
A criança pedia por socorro e dizia que estava com medo. Neste momento, um morador chegou a bater na porta do imóvel e perguntar o que estava acontecendo ou se precisavam de ajuda.
O morador afirmou que a mulher atendeu à porta, com o filho ao lado. Segundo o vizinho, ela estava assustada, enquanto Miguel, sem roupas, tinha um semblante de choro, mas sem lesões pelo corpo.
Maria Rosália teria dito ao homem que a criança estava no banheiro, que o filho era autista e “muito escandaloso”.
Em seguida, Maria pediu desculpas pelo incômodo e disse que iria acalmar o filho, o que, de fato ocorreu.
Os vizinhos não ouviram mais os gritos da criança na noite de quinta-feira. Entretanto, os barulhos voltaram durante a madrugada de sexta-feira.
Criança pediu por socorro
Por volta das 3h, os sons vindos do apartamento de Maria Rosália foram ouvidos, novamente, pelos moradores do prédio.
Eles foram acordados com barulhos de batida, como se portas estivessem batendo, e gritos da criança. Dois moradores do prédio relataram à polícia algumas das frases ditas por Miguel:
“Socorro, vou morrer”, “estou com medo, mamãe”, “socorro, me ajude” e “mamãe, eu te amo”, teria dito a criança.
Um dos vizinhos pensou que o menino havia sido abandonado e acionou a polícia, dizendo que uma criança estava sozinha em casa e gritando por socorro. Ele chegou a gravar um áudio dos gritos de Miguel para entregar à investigação.
Os policiais militares chegaram ao prédio por volta das 4h10 de sexta-feira e entraram no local com a ajuda de um dos moradores, que abriu o portão.
No andar do apartamento de Maria Rosália, a equipe policial encontrou a porta aberta, e ainda era possível ouvir os barulhos de batida, de dentro do imóvel.
Mulher tentou se matar com tesoura
Os PMs entraram no apartamento e, logo, viram manchas de sangue pelo chão. Em seguida, perceberam que o corpo da criança estava estirado na cozinha, mas não o viram por inteiro.
A imagem que eles tiveram, na hora, foi da mãe batendo sobre algo que estava no chão.
De imediato, os policiais deram voz de comando para que ela parasse o que estava fazendo. Nesse momento, conforme o relato deles no inquérito sobre o caso, ela se levantou e tentou atacá-los com duas facas na mão.
Para contê-la, os policiais deram dois tiros no interior do apartamento. Maria ficou ferida, caiu ao chão e foi algemada. Em seguida, eles pediram ajuda a um dos moradores para que fosse solicitada a vinda de uma ambulância do Samu.
Mesmo ferida e imobilizada, a mulher tentou se livrar da algema e chegou a pegar uma tesoura para se matar, mas foi impedida pelos policiais.
Ela foi socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, onde permanece internada em estado grave.
Além disso, em um dos quartos do apartamento foi encontrado um gato agonizando. No local havia também vídeos de rituais satânicos de decapitação.
Enterro
Os policiais encontraram Miguel já decapitado na cozinha do apartamento. A criança foi enterrada na manhã de sábado (21), no Cemitério Campos Santos, na cidade de Pedras de Fogo, na região metropolitana de João Pessoa.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Maria Rosália. Como ela segue internada, ainda não foi ouvida, tampouco passou por audiência de custódia.
Assim que receber alta do hospital deve ser encaminhada para o Presídio Feminino Júlia Maranhão, na Paraibana.
*As informações são do Metrópoles.
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