O que se sabe até o momento sobre o caso do bebê que ingeriu ecstasy em Florianópolis
Criança ficou cerca de 10 minutos sem batimentos cardíacos e precisou ser reanimada antes de ser encaminhada à UTI
• Atualizado
Uma criança de apenas 11 meses foi internada em estado grave após sofrer uma parada cardiorrespiratória na manhã deste sábado (20), em Florianópolis. Exames médicos confirmaram a presença de ecstasy (MDMA) e metanfetamina no organismo do bebê. O caso é investigado como tentativa de homicídio.
Atendimento e estado de saúde
Segundo informações da Polícia Militar, o casal responsável pela criança foi encontrado no Centro da Capital, pedindo socorro. Ao dar entrada na unidade hospitalar, o bebê apresentava convulsões, rebaixamento do nível de consciência e pupilas dilatadas. A equipe médica relatou que a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória por cerca de 10 minutos, sendo reanimada e encaminhada à UTI.
Confirmação do uso de drogas
Exames clínicos e laboratoriais confirmaram a presença das substâncias ilícitas no organismo da criança. Ainda conforme a equipe médica, foi constatada negligência no acompanhamento de saúde, já que o bebê não comparecia de forma recorrente às consultas, o que reforçou a suspeita de maus-tratos.
Versão dos responsáveis
Os responsáveis negaram ter administrado drogas à criança. No entanto, profissionais que atenderam a ocorrência relataram que o homem apresentava sinais de estar sob efeito de substância psicoativa no momento da chegada ao hospital.
Ação do Conselho Tutelar
Diante da gravidade do caso, o Conselho Tutelar foi acionado para adoção de medidas de proteção. De acordo com a Polícia Militar, os outros filhos do casal ficaram sob responsabilidade do Conselho Tutelar durante a ocorrência. Após o encerramento do atendimento, não há confirmação oficial sobre o paradeiro atual das crianças, havendo a possibilidade de que tenham sido devolvidas à mãe.
Prisões e investigação
Com base nos indícios reunidos até o momento, os responsáveis receberam voz de prisão e foram encaminhados à delegacia. Eles devem responder, em tese, pelo crime de homicídio doloso na modalidade tentada.
A Polícia Militar informou ainda que o pai da criança foi preso e possui diversos antecedentes criminais, incluindo tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e associação para o tráfico. A utilização de tornozeleira eletrônica estaria relacionada a esses crimes anteriores.
O que diz a Secretaria de Estado da Saúde
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) informou que segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018), que protege dados pessoais sensíveis, incluindo informações de saúde.
Por esse motivo, não são divulgados detalhes sobre o estado clínico de pacientes atendidos ou internados na rede estadual.
Próximos passos
As investigações seguem em andamento para esclarecer como as substâncias chegaram ao organismo da criança, a eventual responsabilidade de cada envolvido e a situação definitiva das demais crianças da família.
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