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Tristeza

“O homem me deu um soco”, contou criança que levou machadada em ataque em Blumenau

Quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas no ataque à creche

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Giovanna Pacheco

Por Giovanna Pacheco

Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau. Foto: Giovanna Pacheco | SCC10
Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau. Foto: Giovanna Pacheco | SCC10

No início da manhã desta quarta-feira (05), a rotina das famílias de crianças da creche CEI Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, foi bruscamente interrompida com a notícia do ataque à unidade. Preocupados e em buscas de notícias sobre o estado de saúde das crianças, pais, mães, avós e parentes saíram rapidamente do trabalho e de casa, com destino à creche, no bairro Velha. No local, por volta das 9h, um homem, de 25 anos, entrou na creche e é suspeito de assassinar quatro crianças e ferir outras cinco.

Fábio Júnior, pai do pequeno Samuel, estava no trabalho com a esposa quando soube do atentado na cidade e em seguida recebeu uma foto da creche do filho. Às pressas, Fábio e a esposa contaram com a ajuda de um amigo para ir até à unidade. Samuel, de cinco anos, foi uma das quatro crianças feridas no ataque. Com um ferimento no rosto, provocado pelo suspeito com um machado, o menino foi encaminhado pelos bombeiros para o hospital Santo Antônio, de Blumenau.

“Viemos para a creche sem saber se se ele estava vivo ou morto e o que tinha acontecido. Quando chegamos a professora nos informou que o Samuel estava no hospital mas que estava bem.”, relembra Fábio.

Com um ferimento no rosto, Samuel precisou fazer um procedimento cirúrgico, com uso de anestesia geral. Na tarde desta quarta (05), ele segue em observação no hospital. Após o procedimento, o menino conversou com os pais ainda sob efeito da anestesia. “Ele conversou meio grogue. Estamos aguardando a melhora para ver como está o emocional dele e como que vai ser depois que ele despertar”, disse.

Para os pais, o menino contou que na hora que o suspeito entrou na creche, as crianças mortas e feridas estavam juntas no parque. Samuel disse: “Pai, o homem me deu um soco no rosto e eu saí correndo’, só que ele não recebeu o soco, foi uma machadada que pegou de raspão”, conta o pai.

De acordo com Fábio, agora a família também tenta recuperar a força para tentar seguir a vida. “É uma covardia sem tamanho fazer isso com uma criança, não tem desculpa, não tem o que dizer. O que a gente espera e torce é que seja feita uma justiça, mas uma justiça verdadeira”, finaliza Fábio emocionado.

O Portal SCC10 não irá identificar ou divulgar imagens do suspeito, uma vez que estudos e extensa literatura indicam que exposição do agressor e de imagens do ocorrido são um estímulo para novos ataques.

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