Número 2 da PRF, catarinense é exonerado após caso da ‘câmara de gás’ em SE
Dispensa ocorre uma semana depois da morte de Genivaldo de Jesus Santos
• Atualizado
O diretor executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, foi dispensado das suas funções nesta terça-feira, (31), conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Também foi dispensado o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello.
Natural de Florianópolis, Coelho foi nomeado diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em maio de 2021. Graduado em Administração Pública pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), pós-graduado em Gestão Pública Avançada pela Fundação Escola de Governo ENA Brasil (em convênio com a École Nationale D’Administration – L’ENA’ da França), e com especialização em Perícia de Acidentes de Trânsito pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Coelho ingressou na PRF em 2005, trabalhou nas unidades operacionais de Biguaçu e Palhoça, chefiou a 1ª Delegacia PRF em São José e atuou como Superintendente Regional de Santa Catarina, cargo que deixou para assumir a diretoria-executiva.
A dispensa ocorre uma semana depois da morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, vir à tona. O homem foi amarrado e posto no porta-malas de uma viatura da corporação, que foi transformada por agentes em uma “câmara de gás”, em uma alegada tentativa de contê-lo durante uma abordagem de trânsito. A vítima morreu. Imagens do ocorrido foram divulgadas em redes sociais e causaram comoção. A relação entre a dispensa dos diretores e esse caso não foi esclarecida pelo governo.
Em nota, a PRF havia informado que, durante a abordagem da equipe, Genivaldo reagiu de forma agressiva e precisou ser contido com técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo. O órgão disse ainda que abriu procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos, que foram afastados.
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Além da apuração aberta na esfera criminal, para acompanhar as investigações sobre a responsabilidade dos policiais pela morte de Genivaldo, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão abriu uma apuração no âmbito cível sobre “violações aos direitos dos cidadãos e, em especial, aos direitos das pessoas com deficiência”. Segundo a família de Genivaldo, o homem sofria de esquizofrenia e fazia uso de medicamentos há 20 anos.
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