“Não vai apagar a dor”, diz prima de professora morta em creche em Saudades
Prima de uma das professoras mortas falou sobre a condenação: "ele vai pagar"
• Atualizado
Após a condenação de 329 anos e quatro meses aplicada ao responsável por matar três crianças e duas professoras em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, familiares das vítimas conversaram com a imprensa em frente ao Fórum de Pinhalzinho.
A prima da professora, Keli Adriane Anieceviski, morta no ataque, falou sobre o sentimento da família após a decisão do Conselho de Sentença. Priscila Aniecevski, diz que a sensação é de alívio, mas que nada trará sua prima de volta.
Para Priscila não é possível descrever todos os sentimentos que sentiu ao longo do julgamento. “Foram bem intensos, hoje principalmente, foi bem emocionante, não tenho nem palavras para descrever o dia de hoje”, conta.
A prima fala sobre como se sentiu ao estar tão próxima do assassino: “dá um sentimento de dor saber que ele está ali, do teu lado, no mesmo lugar, saber que ele provocou muita dor, eu sinto pena, ele vai pagar por isso”
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O crime
Na manhã de 4 de maio de 2021, o réu, na época com 18 anos, invadiu com uma arma branca a creche na cidade de Saudades. Dentro da unidade e com uma adaga que havia comprado pela internet, o acusado matou duas professoras e três bebês, identificados como:
- Murilo Massing, 1 ano e 9 meses
- Sarah Luiza Mahle Sehn, 1 ano e 7 meses
- Anna Bela Fernandes de Barros, 1 ano e 8 meses.
- Mirla Renner, de 20 anos
- Keli Adriane Anieceviski, de 30 anos
Ele ainda tentou matar outras 14 pessoas, entre educadoras, funcionárias e crianças. Uma criança, de menos de anos, foi socorrida e encaminhada em estado grave ao hospital. Após o ataque ele ainda tentou tirar a própria vida e foi detido por populares e entregue às autoridades.
Depois de passar dias internados, o acusado prestou depoimento à polícia e confessou ter cometido o crime. O réu foi descrito como uma pessoa introspectiva, de poucos amigos, e antes de ter cometido os assassinatos teria afirmado para a família, ao comprar duas armas, que iria utilizá-las para maltratar o animal de estimação da irmã.
Na época do crime, o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, responsável pelo caso, descreveu o acusado como um “jovem problemático” .
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